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Vive-se um revivalismo do nu metal que, juntamente com o pop punk, colocaram uma geração de millenials a voltar aos tempos do ensino básico, tão simples e inocentes que eram. A geração com mais pressa de voltar atrás, com regressos não tão longínquos quanto isso. Reavaliam-se muitas bandas já pregadas à cruz e a influência é considerada para bandas novas e não só. Contudo, não é uma total ressurreição do movimento, quando alguns dos seus principais porta-estandartes, por muito distintos que sejam sonoramente, como aqui os Slipknot, nunca chegaram a ir a algum lado. Desfrutavam de uma glória diferente.
“The End, So Far” é um título meio alarmante mas que marca apenas o fim de uma era, o fim da era Roadrunner, tumultuosa no seu fim, acabando por abrir portas a um curioso futuro. Quando os Slipknot, mesmo que sempre presentes, acabam por se sentir como uma banda do passado. Ali por volta do “All Hope Is Gone” talvez se tenha começado a sentir a sua transição para uma banda nostálgica, a quem se recorre sempre aos três primeiros discos. Aquele perfeito hat-trick de cólera púbere intocável, que já não se volta a atingir. Mas têm a vantagem de que, apesar de alguma desconexão que possa haver para com trabalhos mais recentes, não têm aquele que se possa facilmente apontar como “o álbum mau” e há sempre um nível a manter. E eles já não são uns putos e andam nisto há quase três décadas. Não é só porque imortais versos como “Fuck it all, Fuck this world, Fuck everything that you stand for” já não serão os mais aceitáveis ou que encham mais medidas. Os Slipknot são uma banda madura.
Fazem essa maturidade sentir-se em “The End, So Far” e não é só em letras, é na própria concepção do álbum e na forma como balançam os novos experimentalismos com os throwbacks. Uma entrada perigosa como “Adderall” mostra-nos os Slipknot no seu mais pop orientado por sintetizadores e voz limpa e as estranhezas voltam numa entusiasmante “Medicine for the Dead.” Mas pelo meio há muita descarga de peso. “The Dying Song” e “The Chapeltown Rag” são das mais pesadas neste conjunto e – lá vamos nós – sabem um pouco a “Iowa;” e “Yen” e “Hive Mind” misturam esse peso com melancolia e refrães ultra-melódicos que tenham algo de “Subliminal Verses” em si. Nem parecem uma banda com tanto conflito chato recente e sentimos os Slipknot que conhecemos aqui, com mais uma performance de Jay Weinberg analisada à lupa, por substituir alguém tão insubstituível como Joey Jordison, e que, aqui com a sua melhor prestação , presta-lhe uma inevitável homenagem. É um álbum bem sucedido, que ainda não faz frente aos clássicos que nos ajudaram numa adolescência constrangedora, mas soa a uma banda que nunca fez apenas parte de uma moda. Só as máscaras é que andam muito fraquinhas.
The Chapeltown Rag, Yen, Medicine for the Dead
Korn, Deftones, System of a Down e outros suspeitos do costume