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Sempre crescentes, os Noctem, com o seu black metal catártico embebido em death metal e atmosfera que parece saída de algures da Europa Central quando, na verdade, sai daqui da porta ao lado, de Espanha. Obrigatoriamente ficarão ao lado de actos como Angelus Apatrida ou Avulsed, na hora de listar os seus maiores e mais internacionalizados actos. E, no entanto, parece que há a abertura para uma descrição algo depreciativa quando podem ser referidos como “os Behemoth Espanhóis.”
Porém a banda de Nergal vai levando a sua música para espaços cada vez mais amplos, para um ambiente mais épico, para servir de banda sonora de um céu a desabar, como pudemos confirmar em mais um álbum ainda fresco. Com “Credo Certe Ne Cras,” aqui os Noctem… Também. As comparações não serão evitadas neste novo disco e parece mesmo que vão seguindo trajectos semelhantes. Também os Noctem soam mais épicos, mais grandiosos, com uma atmosférica mais apocalíptica. Mas fiéis aos seus princípios, mais assentes no black metal do que os Polacos – que convém que eventualmente deixem de ser aqui mencionados, que esta resenha não lhes pertence – e até com um ênfase bastante cuidado na melodia e na atmosfera.
Sim, por dentro da parede sonora negra, do chavascal de blastbeats e riffs com um gelo que remonta mais ao Norte da Europa do que ao clima mais ameno de Valéncia, existe um gosto pela melodia. Mudemos de referências, isto é malta que gosta bastante de Dissection e que até é capaz de ter uma óptima relação com os Rotting Christ. Mesmo o death metal se deixa ficar mais melódico. E, mesmo assim, com esses palavrões todos, não se detecta qualquer aumento na acessibilidade. Pelo contrário, é mais caótico, mais complexo e rico até. “Sanctum of Anguish,” “Homily of Punishment” ou “The Pale Moon Rite” são petardos que não poderão falhar nas suas setlists e instala-se um ambiente com tanto de majestoso, como de cru. Como se os Dimmu Borgir ou os Carach Angren deixassem os floreados de lado. “Credo Certe Ne Cras” pode bem ser o melhor álbum dos Espanhóis até agora e ainda deixa a porta aberta para tanto!
Sovereign Providence, Sanctum of Anguish, The Pale Moon Rite
Behemoth, Watain, Rotting Christ