//pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js
(adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});
Começar por um agradecimento ao Sr. Corgan, figura central para não dizer única dos seus Smashing Pumpkins, por nos ter poupado à dose de ouvir todo o “ATUM” de uma assentada e espaçar os lançamentos das suas três partes. E agora o calduço na careca como reprimenda de nos ter apresentado um primeiro acto tão fraco que não deixou espaço para muita vontade e ânsia de ouvir agora o “Act II.”
Mas pronto, há uma espécie de compromisso ou dívida para quem já nos deu tanta coisa boa, mesmo que já tenha sido há decadas e queremos agora chegar ao fundo do tacho. Há espaço para sermos positivos: o segundo acto está melhorzinho que o primeiro. Mas a fasquia não estava muito alta e acaba por ser por pouco. É mais orientado por guitarra, como nos foi prometido, mas desengane-se quem achava que ia ser arrebatado com uma nova “Cherub Rock.” Ainda está tudo muito macio por aqui. Mas nem seria pela presença de guitarras que seria melhor ou pior. A excelente festa de synthpop da faixa-título do “CYR” e a mediocridade de praticamente todo o “Zeitgeist” provam que não é isso que interessa. É o que Corgan faz com o que tem.
“Beguiled,” o single que já conhecíamos há mais tempo cai aqui. Canção mediana de quem tenta recriar os Smashing Pumpkins por números. Mas se calhar é o melhor que lhes podemos pedir agora, que ainda é cantiga de se entranhar e do melhor que anda por aqui. A electrónica convive bem com o rock na introdutória “Avalanche,” “Empires” já soa mais a Pumpkins e “Moss,” fundindo a electrónica com um riff mais pesado, uma boa melodia e até um interessante solo, torna-se a melhor faixa deste conjunto. E a alternar com isso tudo? Um desfilar de rock mediano, synthpop insosso, canções ambiciosas mas desapontantes e sem alguma coisa de memorável, uma contínua exploração de um poço de criatividade já sequinho. Os bons momentos não são suficientes e acabam por doer também quando nos lembramos que isto vem assinado com o mesmo nome que assinou um “Siamese Dream” e um “Mellon Collie and the Infinite Sadness.” Um furinho acima do anterior? Sim, pronto. Expectativa para a terceira e derradeira parte? Tanta como antes ou menos. Sacar de uma grandiosa “rock opera” como esta e colocar um título Mundial no gajo que era o Brodus Clay na WWE diz-nos que o Sr. Corgan tem algumas coisas a repensar.
Empires, Moss, Beguiled
O primeiro acto…