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Para começar, uma confissão. Nenhum dos sete (!!!) discos lançados em 2021 do projecto “Lordiversity” passou aqui por estas páginas. Ninguém desta humilde redacção os chegou a ouvir. Não havia paciência. As pazes estão feitas agora que está tudo normal e há um “Screem Writers Guild” bem mais convidativo, dependendo da apreciação e tolerância que se tenha por uma novelty como os Lordi.
A confissão é pertinente. Porque se aponta a paciência para os Lordi como algo limitado. E acaba por ser. São divertidíssimos, são. Mas há assim tanta coisa que nos mantenha neles assim que a piada seja atingida? A sua presença e vitória na Eurovisão foi fantástica e dava gosto ver a coisa mais metal que ali tinha passado a vencer. Fora daquele espectro e colocando os Lordi no panorama pesado… Se calhar já os vemos muito Eurovisão. É mau? Não propriamente, mas escorrega facilmente. Mas temos que admitir que os três primeiros discos – que incluem o breaktrough “The Arockalypse” – são grandes discos cheios de divertidas malhas de hard rock e também precisamos disso. Logo ainda há razão para voltarmos aos Lordi, quando há algo novo. Fizemo-lo quando nos apresentaram um disco com o título “Babez for Breakfast” e quando promoveram um single com um teledisco à volta da missão de uma mulher a comprar papel higiénico no supermercado, portanto vamos fazê-lo com “Screem Writers Guild,” álbum que não é conceptual mas que tem um tema centrado em monstros de terror. Então mas isso não são todos? Mais ou menos, este tem uma disposição própria.
Todo o disco é familiar. Nem esperávamos riscos. Abre logo com a melhor faixa, “Dead Again Jayne,” que representa a faceta mais pesada que também se sente em “Lucyfer Prime Evil.” Depois que entre o queijo. Os sintetizadores em “Unliving Picture Show” ou “Vampyro Fang Club” são AOR sem vergonha. Como deve ser. E os de “Thing in the Cage” até remontam mais à competição que venceram, por serem tão ABBA. Depois há baladas como “The Bride” – cujo toque country (!) espantou muitos – e a Wagneriana “End Credits,” que será do seu mais alto nível, a remontar mais a uma “It Snows in Hell.” E há coisas estranhas como uma entrega de prémios para monstros – “The SCG Awards,” dá para avançar, se quiserem – e mais uma data de canções menos memoráveis, que soam ao que os Lordi já fizeram um montão de vezes. Longe de ter algo de especial ou de virar alguma página na história dos Lordi, mas vai divertindo nos momentos mais altos por entre a mediania. Se relaxarmos um pouco, reconhecemos que o azeite, bem dosado, é essencial na nossa alimentação.
Dead Again Jayne, Lucyfer Prime Evil, End Credits
Gwar mais family friendly, Powerwolf, Ghost