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Continua tudo bem geladinho no reino de Blashyrkh, independentemente de já estar a aquecer noutro lado qualquer. E também há vida nesta lendária instituição de nome Immortal, sem estar ligado a qualquer máquina. Immortal sem Abbath, Abbath sem Immortal. É uma realidade à qual já nos habituámos, com um punhado de álbuns dos dois lados para nos convencer que afinal até ganhámos duas boas bandas. Talvez não esperávamos era que, por esta altura, os Immortal ficassem reduzidos apenas a Demonaz. Do regresso aos instrumentos após anos de hiato forçados por uma tendinite a ser, ele sozinho, a banda. “War Against All” e a sós, ao que parece. Isso é que é determinação.
Acompanhado apenas de alguns músicos de sessão como reforços, “War Against All” deixa uma impressão de ser o álbum que Demonaz sempre quis, o que ele considera verdadeiramente ser Immortal. Mas na génese de tudo o que era criado pela lendária banda Norueguesa esteve ele. E nota-se. “War Against All,” na verdade, não tem logo algo que o distinga dos seus antecessores. É Immortal no seu estado natural, rodeado de gelo. Mas com uma entrega e convicção que, com algumas audições, se pode tornar o melhor em já uns bons anos. Podemos recuar bem ao tempo de Abbath para encontrar hinos com este poder. Para quê mudar a atmosfera, vestir os riffs de forma diferente, acrescentar elementos novos, se podem apenas fazer grandes malhas. Hinos. “War Against All” é do mais épico assinado pelos Immortal desde os seus principais clássicos.
Já se reconhece, oficializa e atribui um rótulo como “black metal triunfante” a muitos actos que realmente fazem isso valer, mas há que tirar a fatia para pagar aos Immortal também. É verdadeiramente um disco triunfante, um épico sem fillers, uma marcha vitoriosa sob um nevão impiedoso. O arranque sem rodeios da faixa-título já nos dá uma ideia do que será o resto do álbum: acção rápida, muito orelhuda, com espaço para alguns abrandamentos e melancolia enquanto ainda for bem-vinda. Talvez não esperássemos que ainda houvesse um longo malhão instrumental como “Nordlandihr” dentro de Demonaz e não esqueceremos mais o poder de um refrão como o de “No Sun” ou da catártica e apoteótica “Blashyrkh My Throne,” que não nos deixam baixar o punho. Podem ser nuances que requeiram alguma insistência ou até uma apreciação especial pela banda para se espreitar por trás do rótulo de “genérico” que vem lá colado. Mas que os mais épicos e orelhudos destes hinos nos deem a coragem para considerar este banal disco dos Immortal o seu melhor desde o “Sons of Nothern Darkness.”
War Against All, No Son, Blashyrkh My Throne
Satyricon, Emperor, Darkthrone