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Estes são aqueles, não são? Pois claro que são, não são nenhuns desaparecidos e bem sabemos que Nuno Bettencourt é um homem ocupado. Não são lá um tesourinho escondido no início da década de 90, o interregno não é assim tão grande. Mas ainda o é. Lá lhes deu as “Saudades de Rock” outra vez, já quinze anos após o álbum com esse nome. “Six” é o nome do sexto disco. Não é a coisa mais imaginativa. Até é coisa capaz de nos baixar as expectativas.
Temos um primata na capa, de modo a que não dê para meter a bandeira portuguesa nalgum lado, tal é o orgulho lusitano do Sr. Bettencourt. Difícil prever o que tenha “Six,” especialmente para os casuais que apenas os conheçam de uma simplória canção. Na verdade, os Extreme sempre foram mais do que isso, tinham músculo no seu hard rock e eram uns glammers cheios de funk. Havia variedade nos seus discos, logo há muita direcção por onde “Six” seguir. Recriação? “Hurricane” é bem mais uma “Dust in the Wind” que uma nova “More Than Words.” E os Extreme também não querem ser os Mr. Big e aproveitar-se da suavidade dos seus êxitos para passarem por uma banda pop. Era imperativo rockar aqui. Assim o fizeram. Cumprem logo à entrada com “Rise,” das melhores do conjunto e a lembrar que Nuno é um virtuoso da guitarra e não é só o guitarrista da Rihanna que tinha uma banda de rock antigamente.
Claro que a esta altura do campeonato, a solidez das canções não vai ser tanta como nos tempos do “Pornograffitti,” e tem os seus altos e baixos. Preferimos muito mais um rock à Van Halen – e é a única associação que se faz entre as duas bandas!! – de “Banshee” do que os ares de estio de “Beautiful Girls.” O dueto de vozes, esse sim já mais à “More Than Words,” de “Small Town Beautiful” e o butt rock do séc. XXI de “The Mask” perdem para os experimentalismos mais industriais de “Thicker Than Blood” e “X Out,” que sugerem que se tivessem cedido ao nu metal até seriam algo interessantes, quem sabe. E pronto, todas as bandas glam que surgiram já mais no final da década de 80 fizeram a “Other Side of the Rainbow” e aceitamos-la, assim como “Here’s to the Losers,” a power ballad que os Bon Jovi nunca chegaram a fazer. É um álbum bem mais sólido que o esperado e até o pedido. Nunca iria ser algo de especial e muitos debaterão se os Extreme alguma vez o foram. Mas não restam dúvidas de que divertiu, Gary Charone mantém grande voz, canta-se muita coisa daqui e o nosso Bettencourt toca para caraças.
Rise, Thicker Than Blood, X Out
Bon Jovi, Def Leppard, Van Halen