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Um percurso notável, o dos The Used. Incontornáveis na sua cena, não terão passado ao lado de qualquer aspirante que tenha experienciado o boom emo na década de 00. Compinchas dos My Chemical Romance, mas também sempre um pouco na sua sombra. Parece que chegaram ao cimo, mas nunca ao cimo dos cimos, que parecia sempre tão próximo e possível. Até o trajecto tem curiosidades subtis.
Desfrutaram bem ali da fase do eyeliner e das meias listadas até a um notável “Lies for the Liars” e viram a cena desvanecer quando editavam “Artwork.” São, bem possivelmente, dos seus melhores trabalhos. A permanência no mesmo sítio travou-lhes uma batalha com a própria relevância e obras ambiciosas como “The Canyon” e “Heartwork” antecedem quase imediatamente o revivalismo das cenas que os tornaram famosos. Os The Used remam contra a maré ou é o raio da maré que não os parece favorecer muitas vezes? “Toxic Positivity” realmente rema, braceja, batalha mas acaba por não sair de um mar muito misto. Não regressam, à descarada, aos velhos tempos, nem os renegam. Contribui para os altos e baixos.
Os altos são quando mais soam a The Used, como em “Worst I’ve Ever Been,” “Numb” ou “Headspace,” havendo alguma curiosidade num tema como “Pinky Swear” que sugere uma alegria pop punk – caminho fácil que podiam ter tomado para aproveitar o revivalismo – mas submerge-a num surpreendente peso. Por outro lado, não conseguem aparar a queda de pontos devera muito baixos como “I Hate Everybody.” No seu todo, tem a sua coesão e solidez. É um conjunto honesto mas que, especialmente após mais audições, fica-se por uma certa banalidade que até nem os prejudica, mas também não beneficia propriamente. Fica um registo misto mas aceitável de uma banda que reconhecemos que já tenha passado o seu auge, mas não sabemos apontar exactamente quando é que ele foi.
Worst I’ve Ever Been, Numb, Cherry
My Chemical Romance, Senses Fail, Story of the Year