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Para começar, deve dizer-se que sim, os Metallica ainda são uma boa referência para o thrash. Mesmo apesar da popularidade, do afastamento e do género já ter avançado para algo mais diabólico e venenoso, eles estão lá, têm importância e são uma entrada essencial. Portanto, são uma referência perfeitamente válida para o revivalismo. Perguntem aos Evile. Nem todos os novos thrasheiros têm que se ajoelhar perante um altar dos Slayer – aqui estes próprios também já o fizeram mais – e pode recorrer-se às boas e velhas lendas que até a vossa avó já conhece. E pronto, a partir dessa premissa já dá para dizer que nada do que há em “The Unknown” é realmente desconhecido.
Para começar, temos a desconfiança. E não, não falamos das aspas que muitos atribuem ao thrash dos Evile. Para o caso de dúvida, é reler o parágrafo anterior. É o curto tempo após o “Hell Unleashed,” bom regresso, que faz logo pensar que aqui estejam as sobras, ou canções que andassem a ser preparadas nos últimos dez anos, desde o “Skull.” Tudo desmentido pela mudança algo radical que se deu de um disco para o outro, quer fosse esse o plano ou não. É Metallica a referência, não é? Continua a ser, é a familiaridade da introdutória faixa-título. O twist é que talvez já serão os Metallica da década de 90. Então é mesmo desta que vão colocar as aspas no seu “thrash,” não é? Uma balada como “When Mortal Coils Shed” levanta mesmo questões sobre o quanto se podem aproximar das suas referências sem ser assim tão à descarada. Traz novos temores. Que este seja o seu “Hail to the King” – lembram-se desse tiro ao lado dos Avenged Sevenfold?
Não chega a esse ponto porque não se detectam plágios, mas é uma referência muito óbvia, que se alia a outra referência, a dos Machine Head. Também muito do seu groove metal está aqui presente e encontramos dois problemas: fala-se mais de outras bandas do que dos Evile, e parece uma estranha aceitação que os 80s já passaram e então finalmente dão lugar aos 90s. Quando o thrash realmente estava murcho. Que é como “The Unknown” soa com a sua não tão bem sucedida mistura do rápido com o midtempo, – algo que fizeram tão bem no “Five Serpent’s Teeth” – conseguindo espaço para uma thrashada mais veloz como “Sleepless Eyes.” Se calhar é essa a sobra do anterior. Não é um álbum terrível e até serviria um bom propósito de entrada, se um chapadão imediato de Toxic Holocaust bem assente fosse aleijar demasiado. Mas é uma escolha arriscada quando se segue pelos tais caminhos de um “Black Album,” – que não é essa obra que tem algum problema, se calhar vai-se a ver e aqui por estes lados até há uma defesa acérrima do dito disco – mas de propósito. O resultado sai confuso e questiona-se se a banda Inglesa não estará também.
When Mortal Coils Shed, Sleepless Eyes, Balance of Time
Machine Head, Metallica, Anthrax