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O metal sinfónico que terá servido de entrada para muitos e muitas viu a moda passar há já um bom tempo, não já? O que aparece de novo já é saudosista. Depois há outros caminhos como o dos Tristania, que já lá vão. E para a malta que até já se tinha emancipado um pouco e dado um passo maior além da linha do mainstream como os Within Temptation… Também seria essa a opção? Podia ser, mas os Holandeses liderados por Sharon Den Adel não são disso. “Bleed Out” dá continuidade às suas mutações sonoras e adaptações à modernidade pesada.
“Resist” poderá não ter colado totalmente com uma boa fatia dos seus fãs, que já viam a sua atenção a dispersar-se desde que a chata da rádio do carro e do trabalho dava muito a “Utopia.” Aceitava-se, mas não de total bom grado, que estes eram uns novos Within Temptation, possivelmente para outro público. Pode ser uma boa estratégia para retirar pressão sobre este “Bleed Out.” Os elementos novos dão a volta completa e reencontram-se no início, soando bastante a Within Temptation, independentemente de quanto djent exista no sangue daqueles riffs. Para já, a partir daí, sai o seu álbum mais orientado por riffs e mais pesado, – já que a parte sinfónica dá mais lugar a elementos electrónicos e industriais – o que lhes devolve uma edge que podia estar perdida. Não chega a amargar, com um bom refrão a actuar quando é preciso e as letras são das suas mais activistas, preocupadas e frontais. São os Within Temptation, afinal, sem confusões. Adaptados, apenas.
Claro que há sempre aquele olhar de lado para algumas coisas. E não é só o refrãozinho orelhudo que por vezes nos dá a sensação de já o termos ouvido antes. São as estranhezas. As estranhezas boas como o convívio com o metalcore, – “Shed My Skin” conta mesmo com os Annisokay – que afinal até resulta bem, por muito temerosa que fosse essa ideia; as estranhezas indefinidas como uma “Cyanide Love” a parecer algo que ocorresse à Poppy; as estranhezas menos boas como o hino anti-haters “Entertain You,” em dueto com David Gibson para tornar isto tudo mais Evanescence. Claro que “Bleed Out” não é um álbum perfeito, mas é mais fácil de “habituar” do que “Resist.” E aquela clássica trifecta entre o “Mother Earth” e o “The Heart of Everything” – já nem contamos com o “Enter,” que esse já pertence a uns Within Temptation paralelos, agora com a moda dos multiversos – já está no museu do metal sinfónico e são tempos que deixarão sempre saudades. Mas este “Bleed Out” pode ser o mais interessante que chutam cá para fora desde então.
Bleed Out, Ritual, Unbroken
Amaranthe, Lacuna Coil, Evanescence