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As previsões de chuva não foram capazes de demover os que, na passada quarta-feira, se deslocaram até ao Cais do Sodré e encheram o Musicbox para ver os Drab Majesty.
Encarregue da abertura das hostilidades esteve Kris Baha. O DJ, produtor e editor natural de Melbourne e radicado na capital da música electrónica, Berlim, abriu a pista de dança sem dó nem piedade, e rapidamente catapultou o Musicbox para o Berghain dos pequeninos. Navegando os meandros do industrial, darkwave, EBM, e do techno, a performance energética e profissional valeu-lhe o elogio a ecoar várias vezes pela sala, “este gajo é que devia fechar a noite”.
Seguiram-se os Drab Majesty. Os californianos têm dado cartas ao tentarem, com certa medida de sucesso, trazer uma sonoridade que nos parecia congelada no tempo para o presente. Sim, alguém me dizia à saída, “adorei os The Cure”. Mas tal como é difícil fazer omeletes sem ovos, justiça lhes seja feita, também não é necessário estar constantemente a tentar reinventar a roda.
O concerto fez-se competente. Contudo, dada a natureza da própria sonoridade da banda, pedia um pouco mais de investimento na componente visual — ou aquilo a que, por preguiça, iremos apelidar de dinamismo. Já que Clinco abandonou uma indumentária digna do mestre Raoul Duke para se transformar em Deb Demure antes de subir ao palco, mais valia terem feito all-in e aberto um portal hedonista e elusivo como aqueles em que tantas vezes nos debruçámos — uns mais que outros — ali ao lado no defunto Sabotage.
Contas feitas — e estas sem truques ou impostos indirectos — e o balanço é positivo. Fiquem agora com as fotografias dessa noite.