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Tivessem todas as bandas a consistência dos Suffocation. Mesmo assim admite-se os furinhos abaixo em que se encontrava “…Of the Dark Light,” nem que fosse só em comparação. Interna. Ainda era melhor que muita “concorrência.” Não dava para a desculpa do vocalista novo porque era Frank Mullen que lá estava. Será a desculpa para justificar que o novo “Hymns from the Apocrypha” arrebite tanto e vá para o pé dos clássicos?
É uma injecção que ajuda, sim. O baterista-tornado-vocalista Ricky Myers cumpre e até faz um trabalho exímio na substituição difícil. Com suficiente de parecido para a familiaridade reconfortante e de diferente para ter o seu próprio cunho. Mas, numa banda que também já deu as suas voltas e teve uma grande reunião nos primeiros anos deste milénio, sobram poucos originais. Aliás, fica Terrance Hobbs só. O que vale é que é um guitarrista com G maiúsculo e pode-se gabar de ter “inventado” ali uma coisa ou outra hoje já banalizadas por outros grupos, discípulos destes nova-iorquinos.
Também é muito do que ajuda “Hymns from the Apocrypha” a brilhar tanto. Reconhecer o poder que têm, a influência que deixaram, os seus pontos fortes e exacerbá-los. Mesmo à bruta, porque é assim a música dos Suffocation. Atribuem-lhe os primeiros slams antes de haver todo um género parvó-badalhoco à volta disso? Então peguem lá slams de gente grande, que o riff de “Immortal Execration” é bom para aqueles desafios patetas da internet do “tenta não fazer headbang.” Hobbs continua a mandar nas faixas todas, é um álbum riquíssimo em riffs, técnicos sem toda a wankery de shreds que encheu e saturou o death metal técnico, como na faixa-título. E depois vai às duas pontas com facilidade: tanto há um breakdown em “Perpetual Deception” para vos agradar a vós e ao vosso amigo do deathcore, como um solo thrasheiro e desenfreado em “Seraphim Enslavement.” Hobbs é a estrela, mas singra o conjunto todo. O álbum todo, aliás, que nunca se deixa adormecer. É o melhor desde aquele que vocês queiram, a realçar que já seja antiguinho. Haja tomates para dizer que é desde o “Pierced from Within.” Ficam os parabéns a Myers pelo trabalho e vamos todos para os concertos dar à mãozinha em tributo ao legado deixado por Mullen, que também merece. E com estas malhas a puxar, também não resistimos.
Hymns from the Apocrypha, Perpetual Deception, Immortal Execration
Cryptopsy, Dying Fetus, Nile