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Já não são só uma gimmick, a daquela banda que são só dois e não têm uma guitarra com o doido talentoso do Mike Kerr a fazer tudo no baixo. Andam nesta brincadeira há mais de uma década e chegam já ao quarto álbum, “Back to the Water Below,” que parece ter a sua ligação ao anterior “Typhoons” precisamente ao seguir uma direcção contrária.
Seguem esse tão dançável álbum com a procura do seu disco mais maduro. Não têm das propostas mais descaradas para isso, além de um recurso maior ao piano e de olhar a outras referências, sem puxar à imitação, como Muse, Oasis, Beatles, David Bowie e mais algumas coisas que não deixem alguém esquecer que estes rapazes são Ingleses. Apesar de tudo, não é o predominante e a maior parte de “Back to the Water Below” é a despir-se ao básico que lhes deu sucesso imediato na estreia. Somos convencidos pelo riff de “Mountains at Midnight” e o refrão de “Shiner in the Dark” e já há um bater de pé a acompanhar umas coisas. Mas notamos que ainda está tudo muito morno e, com certeza, não era assim que estávamos a primeira vez que ouvimos o auto-intitulado de estreia.
São os Royal Blood atrás da sua própria fórmula. Temas como “Tell Me When It’s Too Late” e “Triggers” são familiares e reconhecíveis mas não nos agarram como uma “Ten Tonne Skeleton” ou nos assaltam como uma “Figure It Out.” Oscilam entre o meio-termo e canções realmente boas que, mesmo assim, não são tão imediatas a colar como outros hinos já clássicos seus. As experiências como as já supracitadas, a tal presença maior do piano, a batotice de “Waves,” – usa uma guitarra! – e a suavidade lounge de “There Goes My Cool” a sugerir que até nem desgostaram dos dois últimos dos Arctic Monkeys, acabam por se revelar algo tímidas, até mesmo em comparação ao tão festivo e dançável “Typhoons” que o antecedeu. Fica mesmo tudo muito morno nestas tais águas para onde voltam. Em resumo, não deixa de estar aqui um álbum jeitoso, mas a meio gás.
Mountains at Midnight, Shiner in the Dark, Triggers
The White Stripes, Twin Atlantic, Arctic Monkeys