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A maior fenda entre álbuns dos Master. Depois de um período em que até nos tinham mal habituados. Pode ter sido o próprio Paul Speckmann a achar que, dada a pouca variação de uns discos para os outros, que não fazia mal deixar a coisa descansar um pouco para o regresso ter mais impacto. Ou então não, e ele nem quer saber. “Saints Dispelled” soa exactamente a metal de quem quer lá saber.
Isso não significa que é desleixado ou coisa que o valha. É mesmo a atitude certa de patada-na-boca que é factor tão grande para o encanto do metal extremo. Isto é death metal velho sem ninharias ou apetrechos. A voz inconfundível de Speckmann a vomitar ódio entre riffs thrasheiros, vindos de um tempo em que a separação dessas águas não era assim tão evidente. Com uma solidez e uma fúria do seu mais potente desde o “The Witch Hunt.” Que até nem é assim tão antigo quanto isso. É porque os Master nunca lhe perderam o jeito. Mesmo assim, “Saints Dispelled” compila alguns dos seus melhores e mais malvados riffs em muito tempo, e parece que o baixo é uma besta ainda maior. Solos e tudo, que se Speckmann é o protagonista, é mesmo o protagonista.
São malhões como “Walk in the Footsteps of Doom,” “Minds Under Pressure” ou “Marred and Diseased” a soar ao que seriam os Motörhead se tocassem mesmo metal extremo e não fossem só uma enorme influência para ele, que fazem disto tão Master. Surpresas? Fica para outro disco, de outra banda. Aqui o trio relocalizado na Chéquia só nos engana com os falsos “fade outs” de “The Wizard of Evil.” De resto, é o que vem no rótulo há décadas. Mas, felizmente, com o selo de qualidade lá carimbado também. É o que maça muitos mas, para quem quer assim um death metal a sério sem tretas, os Master são sinónimo de consistência e fiabilidade.
Destruction in June, Marred and Diseased, The Wiseman
Obituary, Possessed, Death Strike