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Para situar, uma introdução aos Morbid Saint. Aqueles que mais gostam de navegar listas por aí e que tenha na música pesada a sua predilecção, encontrarão sempre listas com algumas das piores e mais inocentes capas de discos que orçamentos baixos e procura de uma “edge” originavam antigamente. Era regular ver por aí uma capa bizarra adornada por uma criatura que desafiava a linha do plágio pelas suas parecenças ao lendário Eddie, dos Iron Maiden. Um Eddie desmelhorado. Ou uma tia-avó mal-conservada do Eddie. Dita capa pertencia a um disco chamado “Spectrum of Death” e era dos Morbid Saint.
A segunda lista onde encontrarão esse mesmo álbum editado em 1990 será naquelas de gemas e tesouros escondidos, obras altamente influentes mas que se mantêm ainda demasiado subvalorizadas. Porque, mais do que uma capa menos bem conseguida, foi isso que os Morbid Saint foram nesse álbum: uma surpreendente explosão de crueza, um thrash metal bruto e honesto que encontrava novos caminhos através de uma honesta genuinidade, e uma influência enorme para o que mutaria para o death metal que conhecemos hoje em dia. Ficaram como uma daquelas maravilhas de um só disco, até lançarem, em 2015, “Destruction System,” sucessor pretendido da estreia, planeado para 1992. E 2024 é o ano em que temos um novo álbum, de material novo, destes novos e renovados Morbid Saint. Quem são os altamente influentes Morbid Saint hoje em dia? Afinal são apenas uma banda de thrash bem mais genérica.
Não peca, é um thrash acima do meramente competente e enche perfeitamente as medidas do fã do dito género. É o fã de Morbid Saint que é capaz de sair daqui um pouco mais desapontado. Fica para trás a ingenuidade que ajudava à brutalidade e que os fez distinguir-se logo e fica um álbum de thrash como a capa – já mais bem desenhada, diga-se – denuncia logo. Influências do clássico, do teutónico, do crossover, muito riff veloz e destruidor, muita berraria e escárnio, e é um típico álbum de thrash completo pós-revivalismo do género extremo. Não são uns falsos Morbid Saint, – reúnem-se aqui dois músicos da formação original e três do “Spectrum of Death” – mas deixam a identidade para trás e com um disco que supera facilmente o tornar-se aborrecido mas não vai muito além disso. Os novos Morbid Saint podiam ser muitos outros.
Bloody Floors, Fear Incarnate, Psychosis
Destruction, Overkill, Death Angel