Týr

Battle Ballads
2024 | Metal Blade Records | Folk metal

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Os maiores das Ilhas Faroé – também não é que tivessem muita concorrência – estão de volta com um novo disco que vem anunciar que já lá vão bem mais que duas décadas de carreira. Não têm qualquer coisa a provar, se já sabem como soam os Týr, já sabem ao que soará o “Battle Ballads.” Que apresenta isso mesmo que está no título: uma data de hinos de levar para uma batalha em alto-mar.

Sempre preferindo o lado épico e melódico da coisa, o seu folk metal não se deixa levar tanto pelos bailaricos dos Korpiklaani ou até dos Finntroll, e prefere o power metal e uma ajuda do sinfónico, que os aproxime dos Ensiferum – que têm caído bem mais para esses lados ultimamente. “Battle Ballads” acaba por ser um pouco Týr “by the numbers,” com malhas épicas e catchy que nos fazem questionar se o seu pico terá sido no “By the Light of the Northern Star,” se está nas ambições mais arrojadas de “Valkyrja” ou se ainda estão a desfrutar do seu ponto alto. Tudo depende muito do quão alto tenham o punho quando cantam umas malhas mais memoráveis daqui como “Hammered” ou “Dragons Never Die,” esta que acaba por ser uma das mais festivas do conjunto.

São essas melodias nem sempre usuais, aquele cantarolar enérgico nos temas mais acelerados e, claro, a voz inconfundível de Heri Joensen que continuam a manter os Týr alvo de interesse e relevantes, mesmo que “Battle Ballads” acabe por ser um disco sem alguma coisa de errado mas que beneficiaria mais de ser lançado por aí em 2008. Preferem temas mais curtos e directos para evitar o excesso de filler – que ainda existe na mesma – e tornar o álbum também mais curto e sólido, e deixam que seja a performance e a força das canções que falem por si, em vez de algo sobre a mesa que recupere a curiosidade nos Týr. Para os velhos fãs, está cá tudo, é folk metal melódico de subir para a embarcação, beber uns goles de hidromel para festejar com os outros marujos em “Row,” partir para a luta com “Hangman,” chorar abraçado a eles em “Torkils Døtur” e comer aí uma postinha de baleia, ou lá o que tinha o Joensen coberto de polémica.

Músicas em destaque:

Hammered, Dragons Never Die, Axes

És capaz de gostar também de:

Ensiferum, Turisas, Heidevolk


sobre o autor

Christopher Monteiro

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