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Um novo disco dos Powerwolf. Outra vez. Já não é só aquela desconexão que temos com a linha temporal que nos faz perder noção de quanto tempo passa entre acontecimentos. Os Powerwolf estão sempre aí, é mesmo. E o que também ajuda a que se cole tudo é o quão pouco se mexe naquilo que lhes deu fama. E temos em mãos… Um novo disco dos Powerwolf. Outra vez. “Wake Up the Wicked” é mais do mesmo, para o bem e para o mal.
Para o bem porque os Powerwolf já têm uma boa legião de fãs conquistada. E quem adora o seu estilo bombástico, estética única e ainda anda hoje a cantar a “We Drink Your Blood” – síndromes de single à parte, essa é ou não é a melhor malha que eles já fizeram? – tem tudo para gostar de “Wake Up the Wicked,” que só não é a coisa mais Powerwolf de sempre, porque também existem aí umas comparações que se tornam cada vez mais difíceis de evitar. Mas já lá vamos. Mas todo este universo que criaram já é inescapável. Estão já demasiado submersos na brincadeira dos “Católicos de dia, Satanistas à noite, com uns lusco-fuscos do caraças pelo meio” para evitarem demasiada estranheza se mudassem agora a gimmick. E ainda soam bem a fazer o que fazem.
Mas para quem precise de um pouco mais de esforço para se adaptar aos excessos dos Powerwolf e quer blasfemar à vontade sem ter que cantar “Ave Maria” ou “Hallelujah” tantas vezes, – ou toda a letra de “Viva Vulgata” – mais vale desistir porque já é evidente que não haverá movimento além deste “Wake Up the Wicked.” E o pouco que há também não acrescenta assim tanto. Que é quando ficam um pouquinho mais folk do que sinfónicos, como em “Kyrie Klitorem,” que soaria bem mais fresca em 2008. Ou, voltados para a história, como em “Joan of Arc,” na qual já soam demasiado a Sabaton. O tal elefante na sala que ficara prometido que íamos falar. De “vestimentas” tão diferentes e, mesmo assim, as bandas estão cada vez mais parecidas. Enquanto a identidade não estiver, realmente, em risco – e dada a banda que é, isso seria trágico – “Wake Up the Wicked” é mais um disco à Powerwolf, de power metal bem lá para cima, de refrão no sítio e ambiguidade religiosa. Agradará aos fãs. Mas, a fazer o mesmo de sempre, já se nota que não soa com a mesma frescura e força de 2011 em 2024.
Sinners of the Seven Seas, Heretic Hunters, We Don’t Wanna Be No Saints
Sabaton, BattleBeast, Wind Rose