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Danos de perda são irreparáveis. Ficará sempre ali um vazio. É possível avançar, com as memórias a ajudar e tem mesmo que se olhar para a frente como uma nova etapa, mesmo que existam situações de alguém ser insubstituível. Mas um tiro pode ser certeiro e podemos ter uma potencial nova era em mãos, com o respeito e homenagem ao que ficou feito antes. Linkin Park, não é? Por acaso não é, aí também há pano para muita manga, para fatos inteiros, mas não é isso que chega aqui a estas páginas. Pelo menos para já. Falamos de “Servitude,” aventureiro novo álbum dos The Black Dahlia Murder, o primeiro desde a trágica partida de Trevor Strnad.
Aventureiro apenas no risco de seguir com uma nova vida. Que afinal vai buscar tudo bem perto. É apenas o guitarrista Brian Eschbach que entrega o instrumento e dá uns passinhos para o centro para tomar conta da berraria. Praticamente imitando o velho amigo, para lhe manter a presença, e homenageá-lo. Musicalmente é que já não é muito aventureiro e não está a aproveitar esta transição para descobrir uma nova faceta. É The Black Dahlia Murder como é costume. O mais bruto do death metal melódico, com hooks nos riffs e e nos solos, e um groove grosseiro. Desde que se meteram pelo melodeath dentro, com uma brutalidade juvenil que foi pescar fãs ao deathcore, conquistando o respeito de todo o panorama do death metal que exista entre esses dois mais mal-amados espectros, que estabeleceram bem ao que soavam. E “Servitude” soa exactamente a isso. A banda em tributo a si própria.
Mas não será um dos seus clássicos, um recomeço a todo o gás para a banda. Na sua breve meia-hora e nos seus directos e pesados dez temas, os The Black Dahlia Murder vêm dizer-nos que estão cá, que afinal vêm para ficar e que isto está bem entregue. Não é para mais do que isso, mas soam a quem tem noção disso. Uma continuação do legado, um teste passado, uma apresentação da nova velha banda a encontrar a sua nova voz, sem fugir para longe de casa – pode dizer-se isso de forma mais literal sobre Eschbach, que imita bem o falecido amigo, mas talvez inicie agora a moldagem do seu próprio cunho. Um honesto disco de transição, ainda com a função de abrir portas para o futuro, mas já capaz de lançar umas malhas, da marca própria e inconfundível, de deixar os fãs e Trevor Strnad, onde ele esteja, a sorrir e a abanar a cabeça em aprovação.
Panic Hysteric, Aftermath, Mammoth’s Hand
Arsis, Darkest Hour, Sylosis