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A relação especial entre os Liima e o Musicbox traz de novo a banda à cidade de Lisboa, inseridos numa das sessões do festival Jameson Urban Routes. O quarteto formado por Tatu Rönkkö, Mads Brauer, Rasmus Stolberg e Casper Clausen sobe a palco no dia 30 de Outubro, e foi com este último que trocámos umas palavras sobre as recentes digressões da banda, o álbum de estreia ii e o concerto por cá.
Terminaram recentemente algumas datas pela América do Norte, como é que correram esses espectáculos? Sentes alguma diferença entre continentes e na forma como as pessoas recebem e consomem a vossa música?
O público americano é muito diferente do europeu, principalmente porque é um mercado novo para nós e porque a nossa música é nova para os norte-americanos. Esta foi a primeira vez que tocámos como Liima nos Estados Unidos, embora já tenhamos escrito uma canção dedicada ao país chamada “Amerika”. Por isso, de certa forma, estava destinado a acontecer e foi um sonho tornado realidade poder actuar lá.
A vossa viagem pela América coincidiu com esta luta de Trump vs Hillary. Deu para ter uma percepção de como é que as pessoas estão a viver esta eleição para a presidência dos Estados Unidos? Quem é que achas que vai ganhar?
Foi realmente uma altura especial para visitar os Estados Unidos, sentimos imensa frustração com a eleição que está a decorrer. Como é que é possível que uma pessoa como o Trump chegue até este ponto, de tal forma que tem que ser levado a sério como um dos principais concorrentes à presidência? Mas também sinto que nunca conhecemos um apoiante do Trump que nos pudesse dizer o porquê de o ser, é a minha principal preocupação nesta eleição, juntamente com o estado da Direita na Europa, parece haver uma grande distância entre partes e pouca conversa entre pessoas com diferentes opiniões.
Eu era um apoiante do Sanders e depois de ele ficar fora da corrida pensei “que se lixe, que se abram as portas do Inferno, que o Trump ganhe e que toda a porcaria que ele tem dito constatemente sem qualquer consequência se torne realidade, para percebermos todos quão estúpido isto é”. MAS apercebi-me entretanto que é perigoso, demasiado perigoso percorrer essa estrada, levaríamos muitos anos e possivelmente muitas gerações para limpar a confusão que um tipo como o Trump pode causar. A única via sã é a Hillary Clinton.
Regressando à música, deram vida a esta nova banda este ano e editaram o álbum de estreia ii. Agora que já passaram alguns meses desde essa edição, consegues fazer um ponto de situação de como o álbum foi recebido?
Estamos muito contentes com a recepção do ii, tem sido incrível ouvir e receber as opiniões de pessoas de vários locais do mundo. Criámos este álbum entre concertos, de forma que testámos as músicas ao vivo antes de realmente as gravarmos. Dessa perspectiva, estas datas mais recentes também têm sido óptimas porque pudemos finalmente tocar estas músicas para públicos que já tiveram oportunidade de as ouvir.
Sentes que pessoas conseguiram fazer bem a separação entre aquilo que são os Efterklang e o que pretendem fazer com os Liima?
Essa era uma grande questão para nós também, mas parece que tem corrido bem. No entanto, levou algum tempo, e ainda é algo com que nos deparamos de tempo a tempo, termos que explicar às pessoas que os Efterklang ainda existem (vamos lançar um álbum de opera no próximo mês) e que os Liima são uma banda diferente, com canções diferentes. Há definitivamente pessoas que gostam dos Efterklang que não gostam de Liima e o contrário também acontece, acho que é prova suficiente. Para nós definitivamente que nos parece duas bandas completamente diferentes, tanto no processo como no resultado final.
Já que falamos no ii, a cabra parece assumir um papel importante na história deste disco e também na da banda, podes falar-nos um pouco sobre isso?
Bem, tudo começou com a imagem da capa do álbum. Estávamos a ver algumas fotos de um amigo de um amigo, Sterling Pierce Taylor, um explorador da vida selvagem, motociclista e fotógrafo brilhante. A foto de uma cabra orgulhosa no topo de uma montanha, a olhar em frente, simplesmente destacou-se, queríamos aquele animal na nossa capa.
Actuam no final deste mês no Musicbox, em Lisboa, inseridos no festival Jameson Urban Routes. Contigo a viver em Lisboa, e com a história que já têm com a sala situada no Cais do Sodré, este acaba por ser um concerto especial?
Vai ser realmente um especial, este. O Musicbox foi uma das primeiras salas a convidar os Liima para um espectáculo, mais de um ano antes do nosso álbum de estreia estar sequer editado. Há uma imensa confiança entre nós e eles têm um lugar muito especial no nosso coração.
Ainda para mais, agora que estou a viver em Lisboa, é uma espécie de concerto de regresso a casa. Estou entusiasmado por poder apresentar a minha cidade ao resto da banda e vice-versa. Neste momento estamos a tocar imenso e a testar ao vivo músicas que ainda estão a ser feitas, portanto o público pode esperar uma máquina bem afinada e um novo horizonte, mal podemos esperar!
Multi-tasker no Arte-Factos. Ex-Director de Informação no Offbeatz e Ex-Spammer na Nervos. Disse coisas e passou música no programa Contrabando da Rádio Zero. (Ver mais artigos)