Porto/Post/Doc 2014

por Isabel Leirós em 20 Dezembro, 2014

Foi com manifesto sucesso e sentimento de missão cumprida que o Porto/Post/Doc encerrou a sua edição inaugural. O festival que devolve à cidade um palco para a produção de qualidade, atraiu uma audiência de cerca de 6.000 espectadores, de acordo com dados da organização. No Porto, olhou-se o mundo contemporâneo através da lente documental.

Letters To Max”, de Éric Baudelaire, foi galardoado com o Grande Prémio Porto/Post/Doc – prémio que, ao que tudo indica, em 2015 será associado ao histórico realizador portuense Manoel de Oliveira. O filme acompanha a troca de correspondência com um diplomata de um país não reconhecido internacionalmente. Recordam o passado e debatem a forma como a História se constrói a cada dia.
Nesta categoria, houve ainda lugar a duas menções honrosas, para “João Bénard da Costa – Outros Amarão as Coisas que eu Amei”, em que o realizador Manuel Mozos evoca a memória do cinéfilo que se cruza com os caminhos do cinema português; e para “Storm Children – Book One”, do filipino Lav Diaz, retrato de um cenário de catástrofe e destruição após a passagem de um tufão.

Um segundo prémio foi ainda atribuído a Nicole Vögele, pelo seu filme “Fog”, o Prémio Biberstein Gusmão que se destina a cineastas emergentes. “Fog” retrata o nevoeiro e a solidão, ambos igualmente densos, palpáveis e opacos.
Nesta categoria, mereceu ainda menção honrosa “Our Terrible Country”, de Ziad Homsi e Mohammad Ali Atassi, um retrato actual de uma Síria em desintegração.

O festival terminou com “Teenage”, de Matt Wolf,  sobre o papel desta nova faixa etária na revolução cultural do século XX. Uma sessão especial a apontar já para a temática da edição de 2015 (de 1 a 8 de Dezembro).


sobre o autor

Isabel Leirós

"Oh, there is thunder in our hearts" (Ver mais artigos)

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