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No próximo dia 7 de Janeiro os indignu vão rumar a sul para apresentar o seu terceiro e mais recente álbum “Ophelia“, no MusicBox, em Lisboa. Foi sob este pretexto que trocamos algumas palavras com a banda que tem feito sucesso tanto a um nível nacional como internacional, e que nos contou um pouco como tem sido o percurso até aqui e o que esperam do futuro, sobretudo do futuro próximo e da apresentação em Lisboa.
São já três os álbuns na vossa discografia. O que mudou para melhor e para pior desde que começaram? E entre álbuns?
Todas as coisas com o passar do tempo mudam. Desde o Fetus in Fetu até ao Ophelia, passaram seis anos. Somos agora um colectivo, a família aumentou, sabemos muito melhor o que queremos e o que não queremos. A maior mudança terá surgido com o Odyssea, em que consolidamos finalmente um caminho estético e sonoro. Paralelamente, foi depois desse disco que também as nossas vidas mudaram e que nós enfrentamos as maiores barreiras, mas sem nunca perdermos o foco daquilo que realmente queremos fazer. Há contudo, uma coisa que nunca mudou, o prazer de estar em palco sempre foi o nosso clímax.
O que este Ophelia trás de novo?
Traz novas incursões sonoras indo ao mesmo tempo buscar as raízes rock do primeiro disco, por exemplo. Portanto é um híbrido. Tem dois lados. Dois horizontes. Já comentamos que se calhar consegue compilar o Odyssea e o Fetus in Fetu num só, complementando ao mesmo tempo novos horizontes sonoros. Há também uma nova abordagem mais intensa e psicadélica, sobretudo num dos lados.
Como tem sido a reacção por parte do público a este novo álbum?
A julgar pelo concerto de apresentação no Porto e pelos discos vendidos, a reacção, por parte do público, tem sido excelente. É o público que verdadeiramente gosta de nós de uma forma dedicada e que nos tem acarinhado o principal responsável por estarmos a editar o terceiro disco, que tem tanto das nossas emoções.
Os vossos nomes são sempre bastante poéticos, digamos. Desde o próprio nome da banda até mesmo em cada álbum, qual o significado que atribuem ao título “Ophelia”?
Ophelia, é uma mulher. Ophelia é feminina e desconcertante. Bipolar. É uma personagem que se reparte em dois mundos, traz no peito duas estranhas formas de vida bem distintas entre si aglutinadas pelo mesmo ser em que alberga! Também fruto da nossa imaginação mas ao mesmo tempo representativa da bipolaridade humana.
Podem-nos falar mais acerca do significado da divisão do álbum no velhinho formato de lados A e B? É alguma referência ao passado e às velhinhas cassetes?
É sobretudo uma referência ao passado através do vinil, que ressurgiu agora em força, mas seria sempre a ideia editar em vinil (sim, também como uma cassete) porque assenta na perfeição no conceito do álbum, que é em suma a bipolaridade. Agora que falas… quem sabe se não haverá também uma edição em tape. A curto/médio prazo está prevista uma edição em cd até porque há interesse de uma label, mas terá que ser bem pensada (coisa que já estamos a fazer) para não beliscar o conceito do disco.
Já apresentaram Ophelia no Porto. Para quem não esteve podem dizer como correu? Surpreendeu-vos alguma coisa?
Surpreendeu-nos o carinho que sentimos das pessoas. Parte do público fez centenas de quilómetros para assistir. Sabemos da fidelidade de quem já nos segue faz algum tempo, mas a adesão foi tanta que não podemos dizer que não ficamos surpreendidos. O concerto correu muito bem, e foi especial para nós. Foi o arranque de uma nova fase na vida da banda e estamos ainda mais cientes que “é por aqui que queremos ir.”
O que esperam atingir com este novo álbum? Onde querem chegar e o que esperam que o futuro vos traga?
Desde o Odyssea, que chegamos muito a pessoas de fora. O concerto do Dunk! na Bélgica fez-nos ver que há tanto por descobrir e tanta gente por nos descobrir. As referências e críticas ao Ophelia começam a ser mais e com mais “buzz” de fora de Portugal e sem dúvida que queremos chegar à internacionalização efectiva. Temos mais certeza que nunca que a linguagem universal da música que fazemos tem muito mundo por desbravar.
Agora que vão rumar a sul para o mostrar na capital o que esperam desse concerto?
Esperamos finalmente chegar ao vivo aquelas pessoas que durante muito tempo nos enviaram mails, nos pediram para tocarmos em Lisboa. Já não tocávamos aí faz muito tempo e vamos regressar, logo para uma apresentação do nosso novo disco.
O que o público Lisboeta pode esperar da apresentação de Ophelia? Há alguma surpresa ou truque especial de que possam desvendar um pouco o véu?
O nosso truque é sentir bastante aquilo que estamos a fazer em palco. O que prometemos é dar o melhor de nós e sentir a comunhão com o público. Abordaremos também os discos anteriores portanto poderá haver algum brinde de temas que já não tocamos faz muito tempo.
A apresentação vai ser já no próximo sábado, dia 7 de Janeiro. Querem deixar algum convite em especial ao público?
Venham celebrar connosco este regresso mais que ansiado a Lisboa. De toda a vez que as pessoas falam connosco afirmam que é ao vivo que atingimos a nossa plenitude. Venham então comprovar isso e venham falar connosco, não há barreiras entre nós e quem nos ouve e quem nos segue.