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Um dos maiores cantores que conhecemos canta uma das mais bonitas canções de amor que conhecemos, não há muito mais a dizer… A sequência de estrofe e refrão sempre a andar à roda, a dinâmica da banda toda solta para acompanhar os momentos da música e a voz do Van the Man a apertar os corações.
Se há alguma banda que faz o rock’n’roll parecer uma coisa natural, é esta. Cada voz vinda de um sítio diferente com os instrumentos todos num conjunto harmonioso e imperfeito a fazer o ritmo variar à vontade. Tudo tão rico e tudo composto numa malha simples.
Podíamos escolher dezenas de músicas do Bob Dylan para uma lista destas. Escolhemos esta porque tem evidentes algumas das coisas de que mais gostamos na música dele. A capacidade de usar uma estrutura básica para chegar a uma intensidade completamente fora do normal, a discrição, as palavras que misturam de uma maneira surpreendente clareza e mistério e, sim, aquela voz que canta tão bem.
Não faria sentido apresentar a ninguém os Rolling Stones, mas no meio de tantos clássicos, há músicas que para nós são das mais fortes e que nem sempre aparecem. Esta é uma dessas. As vozes todas em prece repetida e a do Mick Jagger sempre a puxar, as guitarras entrelaçadas e a bateria, o baixo e o piano a baloiçar no ternário. Gostamos das músicas que duram e esta é mais uma que nunca se gasta.
Não vemos posição mais alta do que a da voz da Maria Teresa de Noronha. Quando o dom dessa voz é conduzido desta maneira livre pelas palavras e pelos trinados, parece que não existem outros lugares para além da verdade dos nossos corações.
Há muitos anos que sou fã dos Minor Threat e da filosofia do Ian Mackaye, mas só há relativamente pouco tempo comecei a dar a devida atenção a Fugazi. Bem, mais vale tarde do que nunca. “13” tem rodado muitas vezes nos últimos tempos, e os Fugazi já ganharam um lugar especial na minha estante.
O disco é do ano passado mas só lhe dei a devida atenção já em 2017. Tivesse eu escutado o My Woman com a devida diligência em 2016 e certamente teria-lhe-ia concedido um lugar mais justo no meu top anual. Olsen está a compor cada vez melhor.
Forget, o novo álbum dos Xiu Xiu, tem rodado regularmente. Depois do assustador, psicótico, subversivo e visceral Angel Guts: Red Classroom, Jamie Stewart e companhia regressam num flirt com a pop, e esta “Forget” podia perfeitamente passar numa qualquer pista de dança daquelas interessam.
Killer Mike, Run the Jewels, Kamasi Washington, qual é a dúvida?
Um segredo bem guardado do início dos anos 80. Post-punk? Art Rock? Proto-Industrial? Avant-garde? New wave? Ouçam e digam de vossa justiça.
Conduz, apenas. Para além do habitual, para onde for, quando chegares saberás onde estás e perguntar-te-ás, vale a pena voltar atrás?
Bonito arrastão exasperado, extravasando uma qualquer noite estrelada em que caminhamos lentamente para casa, cansados mas felizes.
Tantas vezes aquelas em que pensamos saber e controlar uma situação, e ela surpreender-nos com novo gancho de esquerda.
Que saudades tinha de umas guitarradas matemáticas, esgalhadas jovialmente numa composição sólida e de fazer abanar a cabeça com vontade.
Não sei porque não fui ouvir este álbum mais cedo, mas agora sinto que andei a comer gelados com a testa, porque está bastante aprazível.
A Arte-Factos é uma revista online fundada em Abril de 2010 por um grupo de jovens interessados em cultura. (Ver mais artigos)