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Depois de rigorosos treinos militares e viagens ao interior da lua (sim, ao interior!), o sétimo disco dos reis e senhores do rock alucinante (ou alucinado) está finalmente prontinho a sair.
O novo álbum dos Mastodon chama-se “Emperor of Sand”, tem onze faixas e chega no próximo dia 31 de Março. A produção esteve mais uma vez a cargo de Brendan O’Brien (Pearl Jam, Soundgarden, Neil Young, The Killers, etc.), que já havia produzido “Crack the Skye” em 2009 – para muitos o magum opus da banda.
Os Mastodon são tipos bem dispostos e isso transpira para a música que fazem. No entanto, não é a primeira nem segunda vez que a banda escreve sobre a morte e a dor. A temática do disco foi altamente influenciada pelo facto de ao longo dos últimos anos a banda ter visto vários amigos e familiares serem diagnosticados com cancro. Vê-los enfrentar a morte e os efeitos brutais da quimioterapia levou inevitavelmente a que os Mastodon reflectissem sobre a mortalidade, o tempo e as escolhas que fazemos ao longo da vida.
É um conceito desconfortável, mas os Mastodon têm uma forma muito própria de falar destas coisas. Sendo eles uma cambada de geeks, é claro que tiveram de inventar uma história. O disco é uma metáfora onde o protagonista é condenado à morte por um tirano, vendo-se obrigado a deambular pelo deserto e abandonado à sua sorte. No final, [spoiler alert] nas palavras do próprio Brann Dailor, baterista e arquitecto dos conceitos por trás dos discos da banda, “ele morre e é salvo ao mesmo tempo”.
Os Mastodon são uma das bandas mais criativas e competentes da história do metal e do rock pesado. Apesar de alguns velhos do Restelo não verem com bons olhos o facto da banda ter abandonado a sonoridade mais pesada e sufocante dos primeiros registos, estamos perante uma banda que esteve sempre a crescer, a experimentar e a desbravar mato por territórios nunca antes explorados. Musicalmente são completamente loucos e gozam de uma invejável competência técnica que usam apenas para dar asas à criatividade sem nunca enveredarem por caminhos aborrecidos a puxar pelo bocejo. Impor-lhe limites seria criminoso.
PS: É claro que haverá participação especial de Scott Kelly.
Capa e tracklist abaixo: