//pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js
(adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});
Arredados dos longa duração desde 2008, ano em que lançaram “Shudder” com uma recepção algo morna, era grande a expectativa antes deste novo lançamento dos Bayside.
Para que não existam dúvidas, é possível que ao quinto disco, a banda tenha criado o melhor trabalho da sua carreira, grandes riffs, melodias contagiantes, letras que apelam ao sing along e refrãos que se apegam a nós como super cola 3, daquela legítima e não daquela barata que desgruda passado dois dias.
O álbum inicia com duas das canções mais fortes deste disco, “Already Gone” e “Sick, Sick, Sick”, que é de resto o primeiro single, e logo aqui ficamos a saber a toada principal de quase todo o disco. A banda não mexe muito na fórmula que tem usado até aqui e, em vez disso, utiliza uma mescla de todos os trabalhos anteriores para criar um disco cativante que, ainda que não seja nada que não tenhamos ouvido antes, não soa a gasto.
A parte instrumental, e não são poucos os solos de guitarra de Jack O’Shea por exemplo, funde-se perfeitamente com a voz de Anthony Raneri, que faz um magnífico trabalho nas suas vocalizações. O ponto máximo, e a prova de tudo isto, chega-nos sensivelmente a meio do disco com o tema “Seeing Sound”, a faixa mais ‘catchy’ de todo o álbum, em que Raneri exclama “Heartbreak is a trend these days / I couldn’t care less / I’ve never been that trendy anyway”, três versos que certamente farão as delícias de muita gente e que possivelmente já ocuparam e ainda ocuparão muitos estados nas famosas redes sociais.
E no fundo é este tipo de emotividade e letras directas, sem grande complexidade nos temas abordados, que se pretende num trabalho deste género, não temos que reinventar a roda para criar algo profundo e com sentimento, desde que a pessoa que se expressa sinta aquilo que está a dizer e a fazer, tanto faz se está a cantar sobre o que comeu ao pequeno-almoço ou a terceira lei de Newton, é verdade que depois o sentido é discutível, mas não é essa a questão neste momento. Raneri canta em plenos pulmões o que sente, como o sente e, são vários os exemplos ao longo do disco, com o amor, ou o desamor, sempre em destaque.
“On Love, On Life”, será o tema mais calmo deste “Killing Time”, num registo mais acústico e com o uso de uns teclados aqui e ali, mesmo antes do último par de temas, que retomam o ritmo mais usual do disco, encerrado com a faixa homónima em mais um excelente trabalho de guitarra de Jack O’Shea.
Volto a repetir a ideia inicial, os Bayside poderão ter criado o seu melhor disco até à data e é assim que este disco tem que ser lembrado, um pop punk divertido, sem grandes floreados, directo e, sobretudo, com qualidade.
Multi-tasker no Arte-Factos. Ex-Director de Informação no Offbeatz e Ex-Spammer na Nervos. Disse coisas e passou música no programa Contrabando da Rádio Zero. (Ver mais artigos)