//pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js
(adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});
Everything Is é o segundo álbum dos Besides, uma banda polaca que toma como ponto de partida para o seu som o pós-rock. Lançado na segunda metade de 2015, este novo disco sucede a We Were So Wrong de 2013 e é simplesmente mais uma pedra no trabalho da banda, sem que para isso tenham arriscado muito, uma vez que o álbum gira mais ou menos à volta do mesmo material que o seu antecessor.
A abertura fica desde logo a cargo do primeiro single adiantado pela banda durante a promoção de Everything Is, e é um hino instantâneo na carreira dos polacos, “Of Joy” é dono de uma melodia extremamente simples e direta, quase como música de criança, que vai crescendo progressivamente e sem pressas até que explode na brutalidade tradicional do estilo, sem nunca perder a sua aura que nos transporta para um outro mundo qualquer onde tudo é mais simples, mais feliz e onde somos livres para sonhar o que quisermos, por ventura, lá está, um mundo de criança.
Tal como “Of Joy”, músicas como “Efflorescent” ou “Remained” partem de motivos simples e que convidam a uma introspecção alegre e positiva, fazendo alguns desvios por vezes maiores ou menores nesse mesmo estado espiritual, como se pode notar bem em “Remained”.
E introspecção bem que poderia ser a definição mais simples para o pós-rock e os Besides. Como bons exemplares do estilo, fazem-no como ninguém, mesmo em músicas mais agressivas podemos sempre identificá-la como uma busca por respostas interiores. Sublinhemos o tom quase irónico que a parceria entre o título e o que se ouve em “And so am I” fazem e a tensão de “Cauterized”.
O álbum acaba por terminar num sítio bem diferente do que começou, com “Of Sorrow”, a última música, a ser a mais agressiva e direta de toda a obra.
Apesar de se tratar de um bom álbum e com momentos bastante interessantes, Everything Is é mais do mesmo que se ouviu em We Were So Wrong (para o bem e para o mal) sem grandes inovações e sem espantar quem conhece o primeiro trabalho. Dono também de muitos dos já clichés que se podem ouvir na maioria das bandas com este registo estilístico podemos ainda sentir claras influências de bandas mais reconhecidas dentro do género, como God Is An Astronaut ou Explosions In The Sky.