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Três anos depois do lançamento de “Making Monsters”, os Combichrist trazem ao mundo “No Redemption”, um disco que funciona como banda sonora do aclamado videojogo “DmC: Devil May Cry” que já tem desfrutado de bastante sucesso e aclamação crítica. Consta-se também que os gamers que já “provaram” esse jogo encontram-se satisfeitos e algo impressionados com a sua banda sonora, composta por Andy LaPlegua e amigos.
Até aí tudo bem, mas torna-se difícil de comentar este disco para alguém que se encontre fora do contexto do jogo: não só não sei se este se pode considerar um álbum “a sério” de Combichrist, como também não sei como funcionam as canções no contexto do videojogo e como resultam lá. A única coisa que sei certamente é que os Combichrist que estão aqui a tocar são uns Combichrist completamente diferentes.
Digo diferentes para não dizer novos, porque não creio que isto se mantenha, mas sim que seja só uma experiência particular para o jogo. É que aqui não só se experimentam guitarras, como se abusam delas. O grupo predominantemente electrónico, proporcionador de violentos beats entre o industrial e o techno, líderes de um movimento ao qual chamam de Aggrotech, apresenta-nos um disco de metal industrial com influências vincadas de Rammstein, Deathstars, Rob Zombie, Ministry, entre inúmeros outros nomes de calibre semelhante.
Para além da voz agressiva de LaPlegua – que, andando metido em tantos projectos, também podia representar qualquer um – a “Clouds of War” abordada mais à antiga e algumas ocasionais passagens ambientais que poderiam constar em algum tema do “What the Fuck is Wrong with You People?”, como é o caso da introdução de “Empty”… Não há nada aqui que faça distinguir os Combichrist. Estão praticamente irreconhecíveis. O máximo que pode acontecer é alguém desinformado ouvir e pensar “Isto faz lembrar um bocado Combichrist”, mas só isso. Nem sequer as letras violentas, sexistas, ofensivas, polémicas e de sentido anárquico andam por aqui, se é para encaixar na história do jogo.
Até é uma jogada inteligente, se é um disco “à parte”, mudam-lhe a abordagem e exploram uns caminhos diferentes para mostrar que não são assim tão uniformes – porque os outros discos do grupo até nem são assim tão distinguíveis. Alguns fãs é que podem torcer o nariz por manter o nome Combichrist, mas assumo que fãs do denominado “Aggrotech” saibam apreciar música industrial em geral, mesmo que envolva guitarras.
É uma experiência diferente e é bem-feita. O acréscimo das guitarras para acrescentar uns fortes riffs à la Rammstein e por vezes com uma orientação de metalcore ou groove metal, mostra-se como uma experiência com sucesso. LaPlegua sabe como fazer boas malhas e com guitarras ao seu dispor, eleva a fasquia.
Não tarda nada já devem estar a criar “hits de moshpit na pista de dança” como os clássicos “Electrohead”, “Blut Royale”, “Get Your Body Beat”, “Throat Full of Glass”, “Sent to Destroy” ou “Fuck That Shit”, entre muitos outros. Mas até lá fica um bem interessante “No Redemption” que vale a pena ser revisitado para termos Combichrist para um mood diferente. E para abrir o apetite dos jogadores para matar uns quantos demónios outra vez, no caso de aborrecimento.