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Já passaram cinco anos desde que os Dying Fetus lançaram a descarga de energia que foi “Reign Supreme”. E mesmo com um nome mais que bem estabelecido e respeitado, assim que chegam os primeiros sinais do novo “Wrong One to Fuck With”, houve ainda espaço para cepticismo por parte de alguns fãs graças ao título do álbum.
Parece que se queixavam que os gajos que escreveram a “Kill Your Mother / Rape Your Dog” não deram um título ao álbum que desse para levar muito a sério.
Avançando, parecia ser mesmo só essa a única preocupação em relação a um dos principais porta-estandartes do death metal brutal e técnico, que melhor exemplificam o género e que nunca tiveram um ponto realmente baixo na sua discografia, apesar das mudanças de alinhamento, sendo sempre um modelo a seguir na hora de apresentar brutalidade, velocidade e técnica disco após disco, sem cansar. Podem estar descansados, que “Wrong One to Fuck With” é mais uma amostra de tudo isso e quiçá uma das suas melhores em todo o seu repertório, mesmo com uma dupla de clássicos como o “Killing on Adrenaline” ou o “Destroy the Opposition” já feitos.
“Wrong One to Fuck With” é um disco à Dying Fetus, que justifica todos os seus “excessos”. Seja o aglomerado de diferentes riffs cheios de pujança e groove quando são desta categoria, seja a tal abordagem técnica, de show off masturbatório, com a inserção do máximo de notas possíveis por segundo e da imensa velocidade, sejam os breakdowns, sempre vistos como a saída fácil para preencher e acrescentar peso de forma básica que aqui são mesmo um sinónimo de peso avassalador, ou seja ainda a longa duração de um álbum deste género, que sem andar longe da hora completa, nos maça em qualquer momento.
“Wrong One to Fuck With” dá-nos os Dying Fetus tal e qual como os conhecemos. Tão bons como os conhecemos. E tão reconhecíveis a um primeiro acorde, a uma única amostra de virtuosismo de notas em modo acelerado, ao primeiro gutural profundo inconfundível do líder John Gallagher ou da sua conjunção com a berraria de Sean Beasley. Os Dying Fetus trazem de volta o seu logótipo antigo mas nem dá para representar um regresso às raízes ou alguma coisa desse género. Sempre houve uma linha contínua, um fio condutor em todo o repertório do trio Americano, em que são mais brutos, mais pesados, mais técnicos ou, ouse-se então, melhores que a maioria da “concorrência”.
E “Wrong One to Fuck With” não é apenas mais uma boa representação do som singular dos Dying Fetus ou dos seus dotes. É mesmo uma das melhores representações da banda, no topo da sua forma em mais de vinte e cinco anos de carreira, e um argumento dificílimo de contrariar na hora de discutir ou procurar alguém que faça disto melhor que os Dying Fetus. Afinal, título parvo ou não, são mesmo os “wrong ones to fuck with”.