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Lançado já em 2015, Hightower é o nome que os Equations escolheram para o seu novo álbum. Ao segundo trabalho, o conjunto português começa a descolar o selo de promessa e a demonstrar que já é mesmo uma certeza, sem que para isso recorra ao caminho, talvez mais fácil, de usar a mesma receita. É em tudo um álbum completamente diferente de “Frozen Caravels”.
A dar o mote para que nos atiremos de cabeça temos “Afterlights”, que na realidade é mais um acender das luzes para “Ascent”, a primeira música a ser divulgada pela banda.
Desde cedo percebemos que este álbum é uma viragem completa em relação ao que foi feito anteriormente. Damos pela falta dos falsetes descontrolados ou das constantes mudanças na pulsação e arritmias nas músicas, mas nem por isso o podemos considerar menos experimental. Desta vez os rapazes embrenharam-se no mundo dos sintetizadores e compuseram um álbum mais de viagem e não tão directo. Percebemo-lo bem em “Atmos/Every Thought Was a Grain”, uma autêntica sinfonia desse mesmo mundo. “Echoing Green” e “Slow Trials”são também bons exemplos disso apesar de recorrerem também a guitarras espaciais e a narradores falantes.
“Hightower”, que partilha o nome com o álbum, é uma música curta e directa que funciona como escalada para alcançar “A Curious Empire”. Os step sequencer bastante percussivos fazem as honras da casa em mais um instrumental, desta vez mais dedicado aos amantes de um rock mais futurista, uma vez que as guitarras e as suas distorções também têm um papel relevante.
Acabamos com “Sssuuunnn”, uma palavra que caso fosse dita com o ênfase dado na grafia teria sido uma dor de cabeça para o produtor a quando do tratamento das vozes. Contudo, acaba por soar sempre muito bem. Traz de volta, ainda que subtilmente, as mudanças de velocidade de “Frozen Caravels”, acabando com um belo riff a acelerar progressivamente, ideal para “abanar o capacete” e trazer a loucura aos concertos.
Hightower acaba por ser um álbum mais fácil de ouvir que “Frozen Caravels” para os amantes de música mais quadrada e regular, mas nem por isso menos interessante. Desta vez foi explorado um lado mais futurista, mas estes rapazes já não têm nada a provar, são mesmo um dos projectos mais interessantes do momento no panorama nacional – e não só!