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Não só não são uma pequena empresa de serração, como não são, os restantes membros da banda, filhos do guitarrista e vocalista Marcus Mumford, mas tal como uma pequena empresa familiar os Mumford & Sons são sobre continuar o legado que lhes foi deixado.
Ao primeiro álbum atiram-se com unhas e dentes à folk e a sonoridades tipicamente britânicas que vão do celta ao skiffle acrescentando doses aconselháveis do que de melhor fazem os Fleet Foxes e os Arcade Fire do outro lado do oceano.
Diga-se em boa verdade que Sigh No More chega tarde, depois de Noah & The Whale, Bon Iver, Laura Marling, Tallest Man On Earth e os já referidos Fleet Foxes e Arcade Fire, o disco de estreia dos Mumford & Sons precisava de ter algo mais que o destacasse do que já foi feito e, infelizmente, fica aquém dessa missão. É por isso um álbum mau? Não, nem sequer é medíocre, dois ou três anos mais cedo e à crítica especializada nem lhes ocorreria acusá-los de falta de autenticidade e de se aproveitarem do novo interesse pela musica folclórica.
Longe estamos nós, aqui no nosso cantinho, das tradições e raízes da música britânica e aquilo que nos chega aos ouvidos não soa nada falso. Se lhes podemos apontar algumas canções menos inspiradas temos que dizer também que em todas estes Mumford & Sons parecem entregar-se de alma e coração.
O álbum abre com a faixa homónima, cantada praticamente toda em coro começa como uma balada quase suspirada que está sempre em crescendo até ao final, verdadeiramente entusiasmante e contagiante com claras influências de bluegrass, só não se percebe como não foi single. Em Winter Winds o melhor momento do álbum, daí a obvia escolha como segundo single. É a música perfeita para se ouvir num bar, transmite o espírito perfeito de camaradagem e uma melancolia inspiradora e moralizante.
Little Lion Man é um lamento de alguém resignado com a sua própria culpa e o momento mais épico de todo o álbum, impossível de ficar indiferente e After The Storm é o registo mais country que dá por encerrado Sigh No More, simples e motivadora sem grande aparato instrumental, um singelo e perfeito fim de álbum.
Sigh No More é um álbum cheio de muito boas canções, infelizmente não podemos ignorar que a banda se repete na tentativa de as fazer todas radio-friendly e umas soam a versões não tão boas de outras. Ainda assim é um excelente pronúncio do que estará para vir dos Mumford & Sons.
Hoje é finalmente o dia em que podemos deixamos de suster a respiração pelo novo álbum dos Arcade Fire mas a verdade é que já podíamos ter inspirado fundo há muito tempo.