//pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js
(adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});
Há certas coisas na vida que às vezes precisam de um empurrãozinho para acontecer. Para mim, neste caso, refiro-me à audição do novo disco de Francisco Silva, Old Jerusalem para o mundo da música. Mas, ao contrário de uma certa publicidade que invade actualmente as televisões do país, não foi uma vaquinha roxa que me deu esse empurrão necessário no caminho certo, foi sim a audição ao vivo de alguns dos temas que compõem este disco, depois disso, tornou-se quase que impossível passar ao lado de “Old Jerusalem”.
É que ao quinto disco, Francisco Silva, opta por um disco homónimo, talvez num encontro consigo mesmo e, ao contrário do que sucedeu com “Two Birds Blessing” de 2009, em que sob o mote de “mais é melhor” com uma série de colaborações, neste “Old Jerusalem” é a folk intimista e simples que mais ordena.
Quase sempre munido apenas da sua guitarra acústica e da sua bela voz, Francisco Silva tem outro trunfo que sobressai em “Old Jerusalem”, a sua habilidade de escrever histórias e as musicar e vocalizar sempre de uma forma emotiva, coisa de quem usa o coração na sua escrita e de alguém que tem a sensibilidade suficiente para conseguir transpor isso para os seus temas, “Soothing song rhymes” é um bom exemplo disso.
E é isso que faz este conjunto de canções outonais tão apelativas e belas, a forma como são interpretadas e acompanhadas pela melodia acústica que tão bem assenta neste formato.
Talvez seja um álbum para ouvir num certo tipo de humor, talvez isto faça mais sentido para uns que para outros, ainda assim, é um álbum para se escutar, apreciar e deixar crescer aos poucos junto de nós, quem sabe não nos aquece o coração numa futura noite fria.
Multi-tasker no Arte-Factos. Ex-Director de Informação no Offbeatz e Ex-Spammer na Nervos. Disse coisas e passou música no programa Contrabando da Rádio Zero. (Ver mais artigos)