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Tragic Idol surge como o novo álbum dos ingleses Paradise Lost e, é sem sombra de dúvida uma das melhores criações desta banda pioneira no circuito do doom metal, ao lado de Anathema e My Dying Bride. Todo este disco é uma jorrada de doom, peso, e melodia densa, com elementos góticos e também com uns salpicos de heavy-metal pelo meio.
“Solitary One” é um bom começo. Muito downbeat, é uma bela e harmoniosa demonstração do porquê de esta banda ser um marco bem fincado na cena doom/death metal. Passamos para “Crucify”, que é o tema perfeito para o headbanging. Entre ritmos de bateria bem marcados em conjunto com as tiradas virtuosas de uma guitarra que rodopia, é um tema mais catchy e não tem tanto da melancolia que paira no ar.
“Fear of Impending Hell”, é o ponto alto do álbum. É uma obra-prima do doom metal. Carrega melancolia e a voz, ora serena ora revolta,de Nick Holmes, que nos embala em algo muito forte e obscuro. O compasso bem pesado e marcado, dá o impulso a um refrão estrondoso e marcante.
“Theories from Another World” começa com grande velocidade e força, puxando mais pelo lado death metal dos Paradise Lost. A entrada de Nick em cena corta um pouco a rapidez do instrumental, mas sentimos de novo essa avalanche de som ao chegarmos ao refrão. “In This We Dwell” continua a linha da anterior, sendo também rápida e mais death metal. A voz por vezes chega a tocar o timbre de um Tom Araya, de Slayer, e não há dúvida que Holmes vai beber muita inspiração a vocalistas de bandas gigantes como Metallica, Megadeth ou Slayer, e determinadas canções neste disco não se enquadrariam mal no repertório de alguma dessas bandas.
“Tragic Idol”, “Worth Fighting For” e a poderosa “Glorious End”, são as derradeiras faixas, que se entrelaçam entre si numa jornada entre o gótico e o doom, em consonância com a essência da faixa introdutória. Em especial esta última, que é mais um ponto alto do disco, resume tudo o que este álbum é: Solos fortíssimos de guitarra; a magia na bateria pelas mãos de Adrian Erlandsson; e a voz irrepreensível de Nick Holmes. Em especial nos últimos dois minutos, a partir da deixa enraivecida “Faithless father now at the end pretend I can see”, é como se entrássemos numa tempestade de som. Um fim glório.
Há um grande trabalho de guitarras, que incute neste conjunto de temas um grande sentido de melodia. Adrian Erlandsson, o actual baterista, demonstra por que razão integrou algumas das mais espectaculares bandas, como At The Gates, The Haunted ou Brujeria. Nick Holmes tem também um papel fulcral e todo o potencial desta voz está expelido nestas 10 canções. Este, que é o 13º disco da banda, é provavelmente um dos seus melhores e mais consistentes trabalhos. Aproxima-se muito de In Requiem, datado de 2007, e espelha uma das fases mais áureas dos Paradise Lost.