tUnE-yArDs

w h o k i l l

2011 | 4AD | Experimental

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tUnE-yArDs: é esta a estilização digna de qualquer pré-adolescente em busca de irreverência que Merrill Garbus escolhe para o nome da banda fundada em 2006. Foi três anos depois, em 2009, que o primeiro longa-duração foi lançado. BiRd-BrAiNs, também intercalando maiúsculas com minúsculas, foi originalmente lançado nas “velhinhas” cassetes recicladas pela própria Garbus e, apesar de sorrateiro, obteve a atenção da crítica que previa um futuro acima do razoável para esta banda de Connecticut.

É, então, este ano que a bela Merrill Garbus volta a reunir esforços e as suas tropas para lançar w h o k i l l. Com a ajuda do baixista Nate Brenner que, com ela, escreveu algumas das músicas do álbum.

De Merrill Garbus sabemos de antemão que, além de tocar ukelele e percussão, é detentora de uma voz ímpar. E é, realmente, disso que este w h o k i l l vive, uma voz portentosa em que Gabus se mostra guerreira e, simultaneamente, doce. A onda pop é o veículo deste álbum que se faz valer pelo seu ecletismo, já que conta com apontamentos rock, folk, ritmos tribais, urbanos e rurais reunidos numa grande praia de loops, muitos instrumentos e efeitos sonoros que funcionam muito bem em disco e o tornam assaz orgânico.

É com My Country e as suas percussões que começamos a descobrir o mundo de Merrill Garbus & Cia. Gangsta confirma a selva dentro da cidade que acalma com Powa, uma balada agitada por uma guitarra ritmada. Bizness foi o single que serviu para promoção do álbum antes ainda deste ter sido lançado. Até ao fim do álbum podemos contar ainda com um punhado de boas canções que termina com os ritmos africanos de Killa.

É a adolescência tardia de Merrill Garbus que proporciona esta chuva de ideias musicais tão difícil de explicar por palavras, mas tão fácil de saborear.

Se a estilização, quer do nome da banda, quer do nome dos álbuns, era para afirmar irreverência, então isso acaba por ser supérfluo, já que essa irreverência sente-se por todo o lado.