Northlane

Prestes a dar início a uma nova digressão Europeia, Marcus Bridge, vocalista dos australianos Northlane, guardou um bocadinho do seu tempo para falar connosco sobre as expectativas para estas datas e a estreia no nosso país.

Recordamos que a banda actua em Loulé e Lisboa nos dias 30 e 31 de Julho, respectivamente, e que no dia 1 de Agosto ruma ao Porto.

Anunciaram recentemente uma digressão que vos fará regressar à Europa em Julho e Agosto. Estão entusiasmados com estas novas datas?

Nós gostamos imenso de tocar na Europa, cada vez que voltamos é uma possibilidade de ver novos locais, de ver novas caras e rever aquelas que já conhecemos. A Europa tornou-se verdadeiramente a nossa casa longe de casa.

E o que esperam da vossa estreia em Portugal, têm alguma ideia de como poderão ser recebidos?

Estou muito interessado em ver o que Portugal tem para oferecer. Tivemos tantas pessoas a perguntar-nos quando é íamos dar aí um concerto que estou bastante entusiasmado! Sempre foi um local que quis visitar, a tocar ou não, e está finalmente na hora!

Durante estas várias datas tanto vão passar por alguns festivais como por algumas salas mais intimistas. De um lado têm a possibilidade de tocar para um elevado número de pessoas e do outro têm aquele sentimento maior de partilha com a proximidade e interacção do público. Presumo que o importante seja tocar, mas têm alguma preferência?

Ultimamente tenho gostado muito dos concertos mais pequenos e intimistas. As multidões dos festivais são fantásticas porque significa que nós e a nossa música estamos expostos a novos públicos mas, ter um clube pequeno cheio de pessoas a cantar cada palavra de todas as músicas, isso é realmente especial. E também significa que depois do espectáculo podemos descontrair e interagir de uma forma mais pessoal com os fãs.

Surpreenderam toda a gente quando em 2017 e sem aviso editaram “Mesmer“, álbum que recebeu diversos elogios e vos fez ganhar pela segunda vez um ARIA Award para a categoria Best Hard Rock / Heavy Metal album. Estavam à espera que o disco fosse assim tão bem recebido?

Esperamos sempre que a nossa música seja bem recebida mas, na verdade, nunca sabemos se as pessoas vão gostar. Queremos apenas criar algo que nos apaixone e com que as pessoas se possam relacionar.

Corremos um risco com a edição surpresa do Mesmer e não te posso dizer que não foi um bocadinho assustador. Não tínhamos ideia do que esperar, havia até a possibilidade de nunca ninguém saber que o álbum tinha sido editado, mas a resposta que tivemos impressionou-nos bastante. Temos uma base de fãs muito dedicada que rapidamente o descobriu e o começou a partilhar.

Já neste ano juntaram uma colecção de músicas gravadas ao vivo em diversos concertos e editaram-nas num disco a que chamaram “Analog Future“. O que é que vos levou a escolher especificamente estes temas?

Há muitos anos que queríamos fazer um álbum ao vivo e em 2017 finalmente tivemos as ferramentas para o concretizar. Há algum tempo que temos a habilidade de gravar cada concerto através da nossa mesa de mistura, o que significa que pudemos escolher esses momentos especiais de cada concerto que demos no ano passado.

Fomos capazes de capturar alguns momentos espectaculares dos nossos concertos em nome próprio de “regresso a casa” em Melbourne, Brisbane e Sydney, ao mesmo tempo que nos estreávamos na Argentina. É realmente fixe olharmos para trás e podermos recordar esses momentos.

Disponibilizaram no mês passado o vídeo para “Heartmachine“, o último a ser conhecido para “Mesmer“. É de certa forma um fechar de ciclo? Encontram-se já a pensar no seu sucessor?

A Heartmachine pareceu-nos a maneira perfeita para encerrar a história que tem sido contada através dos nossos vídeos desde o lançamento do trailer do Mesmer. Estamos sempre a compor mas ainda não temos planos específicos para o lançamento de um novo disco.

Agora é importante levarmos o nosso tempo e recarregarmos enquanto banda e indivíduos, por isso não queremos pôr uma data limite no próximo lançamento. Mas é como disse anteriormente, estamos sempre a trabalhar!

Para terminar, querem deixar alguma mensagem aos vossos fãs em Portugal?

Mal podemos esperar para finalmente tocarmos para vocês, vamos fazer da nossa primeira vez em Portugal uma visita que nunca esqueceremos! Vemo-nos no final de Julho!