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Stefano Savio é director da Festa do Cinema Italiano, que em 2019 decorre a partir de 5 de Abril em mais de 15 cidades portuguesas. A programação apresenta mais de 60 filmes e pode ser consultada na íntegra aqui »
Stefano foi o primeiro convidado a aventurar-se no nosso questionário “8 ½ perguntas a um cinéfilo“, e deu a conhecer um pouco desta sua aventura no cinema italiano, deixando ainda títulos que já acrescentámos à nossa lista de to view.
Comecei como pequeno coleccionador/arquivista de VHS. Os meus pais deram-me este papel de gravar os filmes que passavam na televisão, cortar os anúncios que naquela época eram imensos e interrompiam os filmes em cada 15 minutos, recortar as críticas dos filmes de uma revista que circulava em casa e colá-la no verso do VHS. Por curiosidade, comecei a ver o que estava a gravar e gostei. Por fim, o meu tio começou a emprestar-me VHS de filmes que raramente (nunca) passavam na televisão, tipo Tetsuo de Shin’ya Tsukamoto. A partir daí cresceu a paixão pelo cinema. O cinema italiano chegou mais tarde, quando me mudei para Lisboa e percebi que podia tornar uma paixão num trabalho.
O universo ficcional onde me senti mais envolvido foi provavelmente o da família Simon em Heimat de Edgar Reitz, mas admito que não desgostava também de um passeio no Jurassic Park.
Seria uma lista muito longa. Desde a época do cinema mudo que a Itália tem um papel de grande relevância no panorama cinematográfico mundial.
Interessante podia ser um percurso cinematográfico através das mudanças sociais ocorridas no nosso país ao longo de mais de um século de história. Neste caso, provavelmente os protagonistas não seriam os realizadores, mas sim os argumentistas, provavelmente a “arma segreda” que deu ao cinema italiano a capacidade de reflectir sobre a própria realidade de forma tão peculiar. Autores come Cesare Zavattini, Sergio Amidei, Steno, Age e Scarpelli, Silvia Suso D’Amico, Rulli e Petraglia e muitos outros.
Dos últimos filmes que acabei de ver há um que a maioria dos meus amigos nem aguentavam 10 minutos: Vendeta de Coralie Fargeat.
Apesar do filme ser repleto de estereotipos, banalidades de argumento e auto intitular-se um filme feminista porque a protagonista em shorts mata todos os homens à sua volta, a obra desta realizadora francesa tem algumas das mais claras ideias de cinema que vi ultimamente.
A perseguição “circular” ao homem nu na parte final do filme é uma cena que faz descobrir uma autora talentosa num filme onde provavelmente poucos iam procurar.
Thriller de Joe Landis!
Akira do colectivo Geinoh Yamashirogumi, mas também Ennio Morricone com Sergio Leone.
Depende do estado de alma.
Alguém que se leva demasiado a sério!