King John

All the Good Men That Did Ever Exist
2020 | Edição de Autor | Blues, Rock

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All the Good Men that Did Ever Exist” é o primeiro disco de longa duração de King John. Assume-se como multi-instrumentista e a sua sonoridade Blues e Rock&Roll lembra grandes artistas como Charles Bradley, Andrew Bird e The Arcs. Adepto do método DIY (Do It Yourself) King John é também produtor, navegando seguramente através dos mares revoltos da cena musical portuguesa.

#1 Interlude For Humanity

É o instrumental que dá o pontapé de saída ao LP. É também, o “interlude” do single que dá o nome ao álbum. É uma espécie de manifesto auditivo que pretende mostrar as diferentes emoções que sinto quando me apercebo do mal que estamos a fazer ao nosso planeta e a nós próprios.

#2 Go To France

Sou um sonhador. Sempre fui. Foi isso que me fez abandonar toda uma outra vida e perseguir este sonho de ser músico. O nome desta música surgiu, quando trabalhava num veleiro e navegava pelo Mediterrâneo. Tinha a hipótese de voltar para S. Miguel e fazer um estágio renumerado, voltando para a segurança de um trabalho normal e para a bolha da família. Decidi não o fazer e rumar ao incerto, neste caso, continuar a viaja de barco até França.

#3 Walk It Off

Desde de sempre, os problemas existem nas nossas vidas. Talvez, em alturas diferentes, podem ter mais impactos sobre o nosso dia a dia, mas temos que ultrapassá-los e seguir com a nossa vida. Não deixar que eles nos travem, é o OBJECTIVO.

#4 Don’t Love Me, Love Yourself

Para amar alguém, é por vezes mais importante, que nos amemos a nós próprios primeiro. Uma das pessoas mais importantes da minha vida sofreu com isso e foi um dos meus maiores desafios pessoais, quebrar essas barreiras.

#5 Island Naive

Sou mesmo. Ou melhor, era. Para quem durante 26 anos viveu numa ilha, a mudança para Lisboa não foi nada fácil. O barulho do mar foi substituído pelo barulho dos carros e das buzinas. As caras sorridentes passaram a ser mais fechadas. O verde mais incrível do mundo foi substituído pelo cinzento. Não que Lisboa seja cinzenta (agora), mas quando cheguei, e por comparação, parecia mesmo.

#6 Whimsical

Ser “estranho”. Ser diferente. Mas sem que ninguém o saiba. Sê-lo por mim e para mim, sabe mesmo bem. Gosto de não ter que parecer para ser e de “viajar” muito, sem que às vezes esteja em movimento.

#7 Am I Cool Enough?

Quantos mur(r)os é preciso mandar abaixo? “Quando tudo o que tu fazes não parece ser suficiente!” A inspiração para esta música foi não só a minha própria experiência, mas também a vida do grande Charles Bradley, alguém que nunca desistiu. Que se manteve de pé mesmo quando o mundo lhe virava costas. Quero, e vou ser sempre, um “Charles Bradley” (style).

#8 All the Good Men That Did Ever Exist

É o single que dá o nome ao LP. É também, e infelizmente, a nossa realidade desde há demasiados anos. A destruição que trazemos todos os dias ao nosso planeta, que garante a nossa VIDA, e a de muitos outros seres vivos, é simplesmente o acto de maior estupidez a que algumas vez assisti(mos). Para mim, é surreal algo como a economia (criação do ser humano) sobrepor-se à qualidade do nosso meio ambiente, por exemplo. Ou o cuidar do próximo ser substituído por mais um carro de luxo. Para quê? Para quem? “Let’s not become the mist!”

#9 Short Dance, a True Story

Short dance é baseada numa história real e pessoal. Conta a história de uma perda irremediável para mim, mas sobretudo para quem é pai e irmão. Foi muito difícil de escrever, mas senti que finalmente, passados estes anos todos, consegui colocar um ponto final, neste assunto. “Não é natural que um pai enterre um filho”.


sobre o autor

Arte-Factos

A Arte-Factos é uma revista online fundada em Abril de 2010 por um grupo de jovens interessados em cultura. (Ver mais artigos)

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