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Depois de 5 anos, mais de 250 concertos em 18 países, e inúmeros projectos paralelos – que vão de bandas-sonoras, música para bebés, para teatro, para dança ou colaborações com outros músicos – Surma edita o seu segundo álbum de originais.
“alla” é o nome do novo trabalho da prolífica compositora, intérprete, produtora e performer – uma das mais originais e intensas que Portugal viu crescer nos últimos anos – que sucede ao aclamado disco de estreia “Antwerpen”, de 2017.
Esta faixa é mesmo muito especial para mim. É uma homenagem à minha avó (do lado da minha mãe). Comecei apenas com um riff simples de guitarra que acabou por fluir muito naturalmente. Curiosamente, a voz foi a última coisa a ser gravada e depois produzi tudo em estúdio.
Esta foi a primeira canção a ser gravada. Durante a pandemia, andei pela casa da minha avó à procura de várias coisas antigas até encontrar um rádio velho. Enquanto estava a trabalhar nesta música, apanhei uma rádio espanhola (nesse mesmo aparelho da minha avó), no meio de uma aldeia portuguesa (Vale do Horto, a minha casa), peguei no meu telemóvel e, de uma forma muito rápida, pus a gravar. Foi isso que despoletou a intro desta canção. Sempre soube que seria o primeiro single, mesmo antes de terminar o resto dos temas.
Uma colaboração com os fantásticos músicos e amigos Cabrita (saxofone) e Victor Torpedo (guitarra). Sempre pensei nesta canção como um arranjo psicadélico e o Cabrita e o Vitinho ajudaram-nos muito com isso. É uma daquelas músicas que foi uma verdadeira jam em estúdio. Foi muito, muito divertido.
Esta música é uma colaboração com uma grande amiga minha, a Selma Uamusse. Começou como uma exploração de samples, vozes e sons de sintetizador mais distorcidos. Um dia, no estúdio, a Selma trouxe a letra em changana e gravámos vários takes, um em cima do outro, até chegarmos a uma atmosfera totalmente diferentes daquela que esperávamos. E é aí que vem a magia de estar em estúdio com os amigos.
Esta canção também é uma colaboração com uma amiga, a Ana Deus, uma cantautora incrível. Tivemos uma ideia prévia de um riff de sintetizador com uma melodia no refrão. A Ana escreveu a letra toda, em português, e levou-nos um dia de estúdio para gravarmos tudo, baseado na ideia que tínhamos produzido. O fim deste tema trouxe-nos alguns obstáculos, mas chegámos a uma feliz conclusão para todos.
Outra colaboração com dois bons amigos meus, o Pedro Melo Alves (percussão) e o João Hasselberg (contrabaixo e sintetizadores). Mostrei esta ideia, que estava na gaveta há muito tempo, um pouco assustada, no estúdio. O Pedro e o Hassel ficaram muito contentes com a ideia, pegaram nos instrumentos e entregaram-se com toda a sua alma. Esta é uma das minhas canções preferidas do álbum. Talvez pelo amor e diversão que partilhámos em estúdio.
Mais uma colaboração com um amigo meu, o David (Noiserv). Eu tenho um bontempi antigo, que comprei há uns anos em Londres e que tenho andado a querer usar há muito tempo. Fiz um pequeno riff com uma melodia muito simples no topo e explorei toda a sua atmosfera. O David gravou vozes duplas e algumas atmosferas espantosas sobre a música. É possível ouvir as influências islandesas e todas as bandas sonoras que tenho ouvido desde sempre nesta canção.
Esta foi a mais engraçada de criar em estúdio. Adoro trabalhar com o Rui porque nunca há limites para nada e é sempre uma liberdade incrível para nós podermos criar sem qualquer género ou barreira. É sempre muito divertido com ele.
Uma parceria, desta vez com uma fantástica amiga minha, a Ecstasya. Ela mandou-me uma demo mesmo incrível e nós desconstruímos a música até ter ficado ainda mais crua, com um toque techno que nunca tínhamos explorado até agora. Ela é uma produtora de techno maravilhosa e esta é uma das nossas canções favoritas do álbum.
Uma colaboração com duas incríveis amigas minhas, a Joana Guerra (violoncelo) e a Angélica Salvi (harpa). Posso dizer que este tema é uma peça de música clássica misturada com uma atmosfera alternativa e com muita experimentação, quando se trata de vozes e de arranjos.
Velvet Underground? Sim, sou uma grande, grande fã. Eles têm sido uma enorme inspiração para mim desde que eu era criança. O Rui e eu fomos para o estúdio à procura de inspiração e acabámos por tocar esta canção como uma brincadeira, e ficou assim. É como uma história de amor dedicada a eles.
Concertos de apresentação:
06 de Dezembro – Leiria – Teatro José Lúcio da Silva
10 de Dezembro – Braga – gnration
11 de Dezembro – Porto – Novo Ático (Coliseu)
16 de Dezembro – Aveiro – Gretua
17 de Dezembro – Lisboa – Culturgest
A Arte-Factos é uma revista online fundada em Abril de 2010 por um grupo de jovens interessados em cultura. (Ver mais artigos)