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Andrage são uma fusão de vários géneros e influências que vão desde as sonoridades ligeiras do jazz, evidenciadas pelos sopros, passando pela energia electrizante que caracteriza o rock clássico, com vocalizações pujantes, culminando num êxtase avant-rock, fora da caixa e eliminando aspirações comerciais.
O disco homónimo, composto por oito músicas e lançado no passado dia 16 de Abril, está descrito abaixo faixa a faixa.
O nosso primeiro single fala da frustração de romance não reciprocado e da inabilidade de esquecer essa relação mesmo tendo perfeita noção da natureza da mesma, e como toda esta situação leva a sentimentos de frustração e até raiva tanto para com a pessoa em questão como para nós mesm@s.
Numa noite boémia surge sempre, a nosso parecer, oportunidades de melhorar a companhia, e por muito ardente seja a nossa vontade, esta apenas nos faz albergar expectativas sobre-estimuladas que só nos levam à desilusão. Isto leva-nos, em retrospectiva, a amaldiçoar tanto a nossa resposta ao estímulo de uma companhia nova como a pessoa que o provocou.
Sob o petricor de Verão em ambiente propício à electricidade tanto estática como dinâmica, surge um química cegante que ecoa até momentos presentes e nos faz deparar como um cenário agridoce – que algo tão visceral e poderoso só pode acabar em desastre – e ansiar pela extinção dessa memórias que, cada vez que chove, ardem com mais força.
Entre ataques de neurose tipicamente crónica existe toda uma ânsia e luta por controlo próprio, que nos faz temer até o nosso próprio discurso interior por este poder levar a maior ânsia e desespero. Ao reconhecer esta incerteza e tristeza como algo natural e até necessário para poder apreciar toda a positividade que sucede esta letargia.
Algo tão simples como um beijo pode se tornar venenoso quando uma relação morre, atuando como catalisador de toda uma espiral nostálgica onde ecoa todos os olhares, palavras e atos que, após serem mortos pela distância seja emocional ou física, se transformam em, para todos os efeitos, correntes.
A loucura de um desejo incomparável dá início a todo um incêndio de fisicalidade que devasta tudo à sua volta, arde de forma aparentemente interminável, e, tal é a natureza do fogo, acaba por queimar quem não tem o cuidado de se precaver contra excesso de investimento emocional.
Sobreposta pela necessidade de enquadramento nas normas impostas pela sociedade, a autenticidade é muitas vezes posta de parte em função do que nós, incorretamente, achamos que vá fazer-nos felizes, quando a aceitação do ser em todas a suas formas, cores e feitios permite viver em harmonia com quem realmente importa: nós mesm@s.
Como seres sociais que somos, temos tendência a procurar um sentido de pertença uns nos outros e, ainda mais intensamente, alguém singular em quem possamos projetar todos os nossos desejos, sonhos e ambições, alguém que nos encha de confiança, prazer e, quem sabe, alguém de quem possamos adjetivar, e que nos adjective de “noss@”.
A Arte-Factos é uma revista online fundada em Abril de 2010 por um grupo de jovens interessados em cultura. (Ver mais artigos)