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Blunt Knives, nome do EP de estreia de Basalto, resulta da criação musical que Guilherme de Sousa tem vindo a desenvolver nos últimos 2 anos. Partindo de uma experiência autobiográfica, procura o seu lugar próprio num universo musical melancólico, sombrio e de sonoridades tristes.
O recurso autobiográfico para a composição dos temas facilmente se dilui na construção de uma ficção, esmorecendo os factos que fariam dele um auto-retrato fidedigno – as tristezas são empoladas e os dramas exacerbados.
Editado no passado dia 23 de Fevereiro, conta com a colaboração dos músicos Rui Gaspar (First Breath After Coma), Sofia Ribeiro (LINCE, We Trust) e Mariana Leite Soares.
É a primeira música do EP, por ter também sido a minha primeira experiência em composição musical. Também foi a primeira música produzida, no caso por Sofia Ribeiro. Foi o tema que acabou por ditar as principais sonoridades do EP. É uma música que conta a história de alguém que procura formas de lidar com um estado melancólico.
É o segundo tema do EP e procura trazer um lado mais pop e dançável, embora intensifique o ambiente misterioso e cinematográfico, característico de todo o EP. Parte da experiência autobiográfica e trata o tema da solidão, neste caso “partilhada a dois”; aborda as diferentes linguagens do amor e o aconchego de um mundo desenhado à medida de uma relação particular. Loners é produzida por Rui Gaspar, com quem colaborei em mais temas.
Composição produzida também por Rui Gaspar, é uma balada que transporta consigo a melancolia do final de verão. Surgiu na tentativa de escrita de uma carta de amor, uma inspiração latente na composição de todo o EP. Fala sobre a longevidade do amor e sobre a dificuldade em imaginar uma vida sem ele. É talvez a música do EP que mais se aproxima do esboçar de um sorriso, mas que logo desaparece nas sonoridades seguintes.
É uma música que traz densidade à musicalidade do disco, oscilando entre uma melodia mais leve e airosa contrastada com uma sonoridade mais pesada, em viagem a uma espécie de submundo. Produzida por Mariana Leite Soares, Penelope relata uma experiência sobre a ausência, a ausência da pessoa que amamos e sobre o vazio que a vida pode ser sem essa pessoa.
O tema mais trágico do EP, propõe um mergulho sombrio nos meandros da tristeza. É uma música sobre o peso da incerteza no amor, as mágoas e medos que essa incerteza origina e o poder que tem sobre projeções e idealizações do futuro. Produzida pela Sofia Ribeiro, Blunt Knives nasce de um momento mais solitário e auto-reflexivo.
Outro dos temas produzidos por Rui Gaspar, é o último tema do EP. O final desta música final ditou a sua posição no EP, encerrando o conjunto das composições apresentadas. É uma música sobre a dificuldade de encontrar significado no silêncio que a pessoa que mais amamos deixa em nós, com a sua ausência. Fala sobre a dificuldade em encontrar conforto na nossa própria companhia e sobre o quão podemos deixar-nos submergir pela tristeza. Mas o final é esperançoso, trazendo significado à passagem de testemunho para um projeto futuro.
A Arte-Factos é uma revista online fundada em Abril de 2010 por um grupo de jovens interessados em cultura. (Ver mais artigos)