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O registo de estreia de Unsafe Space Garden, EP engendrado em conjunto com a editora Revolve, é uma súmula de cinco canções pop bem pensadas e delineadas, com os ganchos nos momentos certos de cada melodia, com harmonias coloridas e arranjos secos, mas de brilhos intensos, e, o mais importante, um toque de não-seriedade nas vozes e letras. Ora graves, ora humoradas (num piscar de olhos que nos recorda os vocais de Zappa), as vozes atiram conceitos infantis com uma profundidade francamente adulta, ou vice versa, como se ouve em “Fights are Funny”, ou, de forma mais urgente, em “Rotten Apples”.
É sobre a estupidez das discussões entre seres humanos, mais propriamente, do ridículo que é fazermos um drama das nossas relações. Se nos virmos de cima, somos um espetáculo de comédia maravilhoso. Trata acima de tudo da luta pela nossa desimportância.
Foi a música onde percebi que estava a haver um fio condutor nas coisas que andava a fazer.
Tinha uma música minha muito fraca. Peguei nela e cortei e colei e toquei e saiu a Clearly Fictional.
Fala de monotonia, de escatologia, alegria e de estar tudo a ir pelo cano abaixo. Que cano? Não há cano.
Achamos ser especiais e fantásticos, mas somos tão importantes quanto uma pedra. No entanto, como temos nomes como Fernando Frederico e Jorge Manuel achamos que é tudo sobre nós. Apela à união lembrando a nossa estupidez. É, também, sobre gratidão, dizendo para pararmos de nos queixar já que (ainda) podemos respirar AR FRESCO, AR FRESCO, AR FRESCO!
Foi a última canção a ser composta do EP.
Foi o primeiro tema a ser composto. Estava uma maçã podre na mesinha de cabeceira ao lado da cama quando acordei. Porque não fazer uma canção esperançosa sobre o medo? A ideia é muito a de não nos entregarmos à depressão, a de combater o medo dia a dia, vestir o super-fato e esventrar dragões. Até porque se não sairmos da cama…
Completa inspiração divina. Uma noite de madrugada, já eu estava para lá de Bagdade, abri o computador e de repente estava a parte inicial toda composta em midi. A sega vem do meu cérebro achar que os sons dos plugins se assemelhavam a sons de jogos de arcada. Passado uns dias era uma canção com letra, já com uma outra parte para lhe fazer companhia.
É a canção mais honesta, na medida em que é a que melhor ilustra aquilo em que acredito. É um abraço e um punho cerrado no ar, acima de tudo é esperança.
A Arte-Factos é uma revista online fundada em Abril de 2010 por um grupo de jovens interessados em cultura. (Ver mais artigos)