“Caminhos Obscuros” é o novo trabalho dos Mordaça e é composto por cinco temas originais e uma versão da banda Brasileira Macakongs 2099.

A banda de Linda-a-Velha dá a conhecer o seu EP em baixo, comentando faixa a faixa cada uma das música que o compõem.

Foi uma música criada a partir de uma ideia concebida pelo F8 tanto na letra, na métrica de voz como em algumas melodias. Quisemos logo à partida fazer uma música curta, simples e directa.

A letra na verdade fala sobre uma frustração laboral, mas na altura do confinamento ouvimos esta música e a letra ganhou toda uma nova força e significado.

A constatação de que o confinamento era apenas o início de uma nova realidade cada vez mais incoerente e de fácil aproveitamento para instalar subordinação social.

Politiquices foi uma música que andámos ainda algum tempo de volta dela até ficarmos satisfeitos com a sua estrutura, com os riffs do refrão, com alguns pormenores… mas quando chegámos a uma conclusão adorámos o resultado final.

A letra foi escrita pelo nosso ex-baterista sempre presente Mike, por isso nada melhor do que ser ele a explicá-la: “Foi escrita no auge da guerra na Síria. Na altura chocou-me saber que um hospital que recebia e tratava vítimas de um ataque com gás tóxico foi bombardeado. Custou-me pensar que não foi um erro, foi propositado, alguém deu a ordem sabendo o que fazia. Duma só vez ceifaram a vida a 58 pessoas, incluindo a 11 crianças. E pensar que tudo começou há 10 anos atrás com uma denúncia de corrupção revelada pelo Wikileaks.”

Esta Cover surgiu da amizade criada com esta banda Brasileira. Tinhamos planos traçados para fazer um split com eles, assim como uns concertos, devido à pandemia estas ideias tiveram que ficar em águas de bacalhau. No entanto não quisemos deixar de fazer esta nossa versão da música Mundo Adversário.

Uma letra muito directa sobre um duelo entre o “eu” e o mundo que nos rodeia, uma luta que todos nós temos ao longo do nosso crescimento interior e que tentamos lidar com Ele da melhor maneira que conseguimos.

É uma música dos primórdios de Macakongs 2099, deu-nos muito prazer alterá-la e adptá-la ao nosso estilo, tornando-a mais cavalgada e balançada.

A primeira música que criámos a seguir ao último álbum. O João Bruno apareceu com aquele riff vincado logo do início e com o verso, que nos soou logo muito bem. Acabamos por encaixar esse riff tambem no refrão, e trabalhar a introdução e o resto da música.

Foi mais uma letra feita pelo Mike, pelas palavras dele: “Escrevi quando surgiram algumas complicações de saúde. Como comecei a visitar hospitais e a ver certas situações, comecei a espelhar as mesmas em mim e noutras pessoas que conheço e a imaginar como é que eu reagiria e como é que outras pessoas reagiriam. Foi todo um exercício de imaginação e probabilidades.”

Esta música vem da altura do albúm Sempre a Lutar, na altura deixámos esta música de parte por não estarmos completamente satisfeitos com ela, talvez porque a achávamos demasiado repetitiva. Alterámo-la e demos-lhe uma segunda oportunidade.

A luta que esta música nos deu acaba por ironicamente ser quase um paralelismo da luta que esta letra representa. O duvidar das nossas escolhas como pessoas integrantes da sociedade que nos rodeia, a procura de motivação, da verdade interior sem nunca descobrir uma resposta em concreto.

Para além disso, esta altura que vivemos é mais que nunca um caminho obscuro, este EP tinha que ter este nome.

Uma música dedicada ao nosso falecido amigo Bifes. Sentimos necessidade de fazer esta homenagem, de exprimir o nosso amor por ele.

Esta letra fala sobre a maneira encorajadora como ele levava a própria vida e motivava directamente os que o rodeavam.

Convidámos o Jonhie e o Rato para participar nas vocalizações, que prontamente aceitaram o nosso convite. Deram mais força e sentimento a esta música, que para nós só fez sentido ser assim, em união.

A música passa por várias fases:
Um intro (que ficou encortado na versão de videoclip) lento e melancólico;
Um verso rápido e lutador;
Um refrão rápido, melódico e inspirador;
e um final de angústia e saudade.