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Filipe Catto é das vozes brasileiras mais encantadoras do momento, com a sua atitude rock e sofisticada, que cruza influências: Ney, Elis e até António Variações. Um talento raro, editou no final de 2017 o disco “Catto”, que está a deliciar públicos conterrâneos e europeus.
Filipe, fala-nos da sua inspiração para cada um dos temas de “Catto”.
Quando pensei no disco, sabia que queria abrir com uma canção grandiosa, que tivesse uma dramaticidade nostálgica, algo de um outro tempo. Pensei logo em Como Um Raio, samba-canção de Romulo Froes e Nuno Ramos por sua letra anunciadora – “minha canção vai acender o teu silêncio como um raio” – e sua melodia imensa.
É uma canção de minha autoria, que fala da integração com o espírito e com o universo através do corpo. É uma música muito imagética, com uma letra pessoal e absolutamente simbólica.
Conheci essa música do Variações em uma das turnês por Portugal e a incluí no roteiro do meu show. É uma música de entrega, um convite a este momento de se dar ao outro. Acho que o variações é um autor atemporal, e esta letra está mais atual que nunca.
Desde que ouvi a primeira vez esta canção sabia que iria grava-la, pela sua singeleza melódica e a beleza sem pudores de sua letra. Todas as imagens que os autores (Cesar Lacerda e Romulo Froes) trazem nesta canção são transcendentes, traduzem a mais pura beleza.
Parceria minha com Zelia Duncan, esta canção nasceu de uma viagem que eu e Zelia fizemos juntos depois de um show. Passamos a madrugada vendo a estrada e frente e resolvemos compor algo pra cantarmos juntos. Cantar com Zelia é uma festa e essa música celebra nosso encontro na música.
Foi um presente inédito do meu amigo Bruno Capinan, compositor baiano canadense que me deu este samba sofisticado e moderno. Esta música é um portal, um acesso para algo muito especial em mim. Claro que tinha que ter vindo da Bahia.
Esta parceria de Marina Lima com Antônio Cícero me impactou desde sempre, e já estava na minha lista de músicas para gravar há algum tempo. Acho esta letra uma declaração de amor épica e os caminhos sonoros do arranjo contam essa história de um jeito muito lindo. Amo a Marina e sempre procuro suas composições quando vou gravar porque ela fala a língua do meu coração.
É uma parceria minha com o Fábio Pinczowski que traz a densidade ancestral do disco. Uma música ritualística, cheia de imagens e sensações. Uma maneira de traduzir a missão da música, que é pra mim absolutamente espiritual.
Ganhei essa parceria inédita de Cesar Lacerda e Romulo Froes de presente ano passado e me apaixonei pela composição. Quisemos ambientar ela em um lugar nostálgico e magico, e os synths fizeram a música flutuar no espaço.
Conheci essa música a caminho de um bar, quando o Igor de Carvalho me apresentou sua parceria com Juliano Holanda dizendo ter feito uma música que “quer mais é que você se foda”. Fiquei curioso e apaixonado pela poesia direta e pela elegância desta composição. Ali mesmo eu decidi grava-la e resolvi fechar o disco com esta canção ampla e libertadora, como o momento que eu vivo agora com este disco.
A Arte-Factos é uma revista online fundada em Abril de 2010 por um grupo de jovens interessados em cultura. (Ver mais artigos)