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No início deste mês de Março, Tape Junk editou a Cassete “Couch Pop”, disco gravado em casa, tocado, produzido e misturado por João Correia com a participação de António V Dias nos sintetizadores.
Partiu de um beat do teclado Eko Panda que o António V Dias me emprestou e tem uns fills à la Phil Collins com um som super tosco de um Yamaha dd5 que o Benjamim também me emprestou. Fartei-me de usar coisas emprestadas para esta canção.
Isto arrancou com um loop sempre igual durante tempo indefinido e fui construindo a canção a partir daí. Isto nem era bem uma canção… eram 5 minutos de um beat sempre na mesma tonalidade com uma letra nonsense a insinuar que o álbum estaria morto à partida.
E não ficou muito diferente… cortei 1:53 minutos de palha, fiz uma pequena reharmonização no segundo verso e o António gravou um solo praticamente ao primeiro take (que eu adoro ). A letra ficou igual.
Achei que era uma música fixe para começar o álbum.
Esta deu muitas voltas desde o esboço original. Andava a ouvir muito o “Fresh” do Sly Stone e também Bahamas.
Tem uma estrutura bizarra… Os versos têm a mesma harmonia mas a melodia muda de um para o outro, o que parece ser o refrão também repete com melodia diferente e depois seguem-se mais secções e não se sabe onde é que a música vai parar… eu pelo menos não sabia quando a fiz. E pelos visto também não sei explicar muito bem porquê.
Esta música fazia parte das primeiras demos do Couch Pop que se perdeu quando o meu computador morreu em 2016.
Depois decidi reescrever um disco do zero e só aproveitei esta canção.
Foi muito divertido gravar os falsetes espremidos da secção final mas gravar as harmonias de voz do refrão às 9h da manhã é que não foi de todo uma boa ideia, achei que ia desmaiar…
A letra é muito simples e directa. Tentei manter esta canção o mais classy possível.
Tinha escrito esta canção originalmente para Julie and the Carjackers. Está partida ao meio e funciona como como Separador no final do lado A da cassete e volta a aparecer como penúltima do lado B.
A letra está dividida entre as duas versões e os instrumentais são muito parecidos. Pode servir para um “descubra as 7 diferenças” para quem já estiver farto de ouvir o álbum, que é o meu caso.
Fala sobre teres tanto medo de enfrentar o mundo que simplesmente não sais de casa. Mas há alguém igual a ti e os dois formam um par assustadoramente perfeito.
Esta música teve umas 3 versões diferentes e eu não estava a chegar a lado nenhum. Tinha um refrão meio McCartney com a guitarra a fazer o que eu inicialmente achei que podia ser uma boa e clássica melodia base para um arranjo de sopros. Claro que essa ideia durou apenas 15minutos e simplesmente acrescentei um teclado super distorcido a dobrar a guitarra.
Originalmente era uma canção folk sem grandes mudanças mas o refrão não tinha o impacto que eu queria. Fui experimentando maneiras de ter o verso mais lo-fi e um refrão mais aberto e o time feel entre eles ser bem distinto. Para ligar os dois lembrei-me do “Lucy in the Sky With Diamonds” e naquele drum fill delicioso do Mr Starkey. Decidi tentar algo do género mas com a banda a desconjuntar-se toda.
Quanto à temática, esta música fala de música.
Tinha a canção pronta mas faltava qualquer coisa, como não percebia o que era um dia apaguei todo o instrumental e refiz a canção só por cima das vozes.
A ajuda do António V Dias foi precisosa nas linhas melódicas que fez nos sintetizadores. A letra desta canção define-me bastante bem. Infelizmente.
Esta música foi a primeira a ser gravada. Era um test drive que acabou por crescer com secções e arranjos novos.
É capaz de ser a letra mais séria do disco.
Da gravação original sobreviveu apenas o refrão. Fiquei meses para aranjar um ambiente diferente nos versos que contrastasse com as puxadas das guitarras que levam ao refrão.
Pensei no “Voodoo” do D’Angelo para criar o ambiente e comecei por gravar 4 vozes no background só por cima da bateria e baixo. Acabou por ser mais uma ideia que durou apenas 15 minutos mas levou-me até onde eu queria passado outros 15.
Descubra as 7 diferenças.
Esta é das minhas preferidas. Tinha a música acabada mas não adorava o refrão original que tinha escrito. Após muitas e muitas tentativas tentei fazer algo do género que tinha feito no “Carved in stone” e mudar drasticamente o ambiente do refrão em relação ao resto da música.
A partir daí fui-me divertindo em fazer com que todas as partes da música tivessem sempre algo diferente a aparecer, muito na onda do “General Population”.
Esta música resume bastante este disco para mim e daí ser a última do alinhamento.
A Arte-Factos é uma revista online fundada em Abril de 2010 por um grupo de jovens interessados em cultura. (Ver mais artigos)