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Eyeglasses for the masses chega-nos amanhã, dia 29 de Abril, e é o novo disco de The Weatherman. O álbum que assinala dez anos de carreira do músico portuense nasceu de uma procura genuína pela autenticidade da escrita de canções pop e chega-nos às mãos através de uma edição de autor.
Foi a primeira canção que escrevi a pensar neste disco. É sobre uma ex-namorada… trata-se da nostalgia de um relacionamento terminado e a ideia de clarificar tudo o que ficou nas entrelinhas.
O refrão diz “We left all the work to the universe” (deixamos o trabalho todo para o universo). Eu sou fã do Livro do Desassossego do Fernando Pessoa e a ideia desta música parte um pouco dessa influência. É sobre a incapacidade de agir no momento certo. Desencontros…
Aqui o mote é a solidão, o tipo de solidão que é típico de quem vive numa grande cidade. O sentimento de “vazio” interior de que por exemplo muitas personalidades do showbizz sofrem – apesar de terem vidas socialmente preenchidas, por vezes falta-lhes o essencial.
É sobre os sentimentos mais puros e genuínos que surgem associados ao amor, sobre duas pessoas gostarem uma da outra e mesmo assim haver algo que não resulte.
Já tinha composto instrumentais antes, mas esta tornou-se especial porque eu fiquei a tocá-la durante horas a fio no dia em que a compus. Acho que funciona como um mantra, para mim – é viciante tocá-la sem parar. Esta é totalmente “raw” e fiel ao momento de criação, uma vez que toquei-a na gravação tal como veio ao mundo. Só decidi atribuir-lhe o nome do disco já depois de estar gravada.
Esta canção é quase um medley… as partes foram todas compostas em separado. A junção delas aconteceu por fruto da intuição levou-me a perceber de alguma forma que elas encaixariam todas. E agora de facto parecem ter sido feitas para ficarem juntas. É sobre alguém que tem expectativas altas em relação a qualquer coisa, e depois acaba por sofrer um choque de realidade.
Esta foi composta já há alguns anos, no contexto de uma sessão que fiz com alguns amigos músicos, cheguei a gravá-la anteriormente, mas nunca fiquei totalmente satisfeito, até que voltei a pegar nela para este disco com uma nova roupagem e já ficou como eu queria. É a minha música mais “rock’n roll”.
Esta fala sobre mudanças abruptas de sentimentos – o fogo que rapidamente se transformou em “gelo”.
Compus esta num momento em que imaginei o que acontecerá quando deixar de fazer música. Durante o processo tive alguns momentos em que senti pela primeira vez que poderá não ser possível manter isto para sempre. Pensei na melhor mensagem que poderia deixar se isso acontecesse e surgiu esta: “One of these days the light will prevail over the darkness”.
Aqui sou eu reflectir sobre o facto de se poder continuar a ter capacidade para manter os sonhos vivos, continuar a trabalhar independentemente das adversidades. Curiosidade: compus esta música quando estava prestes a tentar tocar a “River” da Joni Mitchell, que é provavelmente a música que ouço mais quando me sinto melancólico. Se repararem, o acorde de entrada e a forma como está tocado é semelhante – não é um roubo, é um piscar de olho, pessoal!
Esta música é um cartão vermelho ao Homem, uma alfinetada na Humanidade e nos seus erros ao longo da História. Na letra refere-se que os macacos iluminam melhor o universo do que os seres humanos – é uma forma de dizer que a nossa evolução enquanto espécie levou a que cometêssemos crimes graves, especialmente contra o planeta. A estupidez abunda e levamos com ela todos os dias, desde a pessoa que passa na rua e cospe para o chão, ao comportamento animalesco das pessoas nos estádios de futebol, até às notícias na T.V. sobre a guerra na Síria, sobre a Coreia do Norte, ou a ascensão alarve do Donald Trump.
A Arte-Factos é uma revista online fundada em Abril de 2010 por um grupo de jovens interessados em cultura. (Ver mais artigos)