Evacigana

Fiasco
2023 | Edição de autor | Rock

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Nascidos em 2018, os EVACIGANA praticam uma entusiasmante e colorida mistura de rock alternativo, pop e post-hardcore efervescente (como aquele que se fazia na viragem do milénio), cheia de ganchos orelhudos, riffs em zig-zag e fortes contrastes sonoros. A banda lisboeta conta, até agora, com EVACIGANA, demo auto intitulada lançada em 2019 e produzida pelos próprios e Fortuna, o primeiro EP, produzido e misturado por Nuno Monteiro (Monday, Memória de Peixe, Filho da Mãe), e editado em 2020, que os levou a actuar em salas como Bang Venue, Texas Bar, Side B e SHE, em festivais como o Emergente e lhes garantiu lugar na compilação Novos Talentos Fnac 2021.

Fiasco, novo disco, foi misturado por Guilherme Gonçalves (Keep Razors Sharp, Cabrita, The Legendary Tigerman) e masterizado por Clara Araújo na Arda Recorders. As apresentações ao vivo estão já a decorrer e podem apanhar a banda numa destas próximas datas: 24 de Março no Festival PN no Pinhal Novo, 25 de Março no Cave Avenida em Viana do Castelo, 15 de Abril na SHE em Évora, 21 de Abril no Texas Bar em Leiria, 22 de Abril no CRU em Famalicão, 27 de Abril no Disgraça em Lisboa, 4 de Maio no Maus Hábitos no Porto e 2 de Junho no Mercado Negro em Aveiro.

#1 dobra

Surge como a pequena música punk do disco, direta e sem manhas.

#2 fiasco

Os riffs deste tema vão beber muita inspiração a bandas de hardcore como Converge, Gallows e At the Drive-In, mas depois tudo é passado pelo filtro EVACIGANA e organizado numa estrutura de canção pop. Foi dos temas que fechamos mais rápido para o disco e possui essa sensação de imediatismo e de urgência.

#3 nuvem

Os versos da “nuvem”… Andámos um bom bocado de tempo a tentar perceber se queríamos a coisas despida ou cheia de energia e distorção. Optamos pelo primeiro arranjo e abraçámos muita influência de shoegaze e rock alternativo da segunda metade dos 90 ‘s.

#4 anáguas

Uma canção que nasce na guitarra clássica, com 3 ou 4 acordes que queriam ser meio bossa-nova mas não eram, e que fica engavetada durante imenso tempo. Da clássica passa para a elétrica quando começámos a compor o disco, os acordes transformam-se no riff inicial do tema, o refrão e a ponte mantém-se, e nasce a “anáguas”.

#5 matilde

A canção que antes de nascer já dançava e gritava bateria. Foi uma malha que começámos a ensaiar para a sequência de concertos que demos na segunda metade de 2021.

#6 nébula

Gravada em meados de 2021, com a intenção de ser lançada como single, porque não sabíamos quando voltaríamos a tocar devido à pandemia. Acabámos por meter na gaveta, porque não ficámos satisfeitos e porque depois voltaram os concertos… O título de trabalho era “Malha Nova” e entra no álbum com o mesmo título, apesar de ser a mais “antiga”.

#7 pegada

Um tema muito aberto e com uma pulsação muito vincada, assim como respirar, que é depois desconstruído com um beat catártico. Talvez seja porque foi criado inicialmente para acompanhar um vídeo ambiental sobre desflorestação e o impacto da urbanização. Esse vídeo nunca viu a luz do dia, mas deu vida a uma música que o reflete e achámos que seria ideal como o momento do disco onde se abranda e respira um pouco.

#8 lâminas

A música que não era para ser. Os acordes iniciais foram tocados num ensaio, enquanto estávamos a aquecer e o Alexandre começou a fazer o beat por cima. O refrão foi decidido na altura, enquanto tocávamos e não se mexeu mais. Não a ensaiamos muitas vezes antes de a gravar e os arranjos foram sendo feitos no processo de gravação.

#9 vhs

A que sofre de hiperatividade no grupo… Um tema que está sempre de um lado para o outro, até implodir sobre si próprio no final. Achámos que não ia funcionar, por ter tantas partes diferentes, até que recebemos a primeira mistura e percebemos que só funciona por ter tantas partes diferentes!

#10 coral

Foi um tema que pensamos gravar de diferentes formas. Nasceu por três frames. Um caminho no deserto entre árvores de outono governados por um relógio subvertido, “a persistência da memória”. Diz-se como fim mas acaba como princípio.


sobre o autor

Arte-Factos

A Arte-Factos é uma revista online fundada em Abril de 2010 por um grupo de jovens interessados em cultura. (Ver mais artigos)

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