FOQUE

FOQUE
2019 | Autor | Alternativo

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Luís Leitão, o mentor do projeto FOQUE, nasceu em Gondomar em 1994. Foi aí que cresceu e que saltitou de curso em curso até acabar na Academia Contemporânea do Espectáculo.

Em paralelo manteve o projeto Baixo Soldado com o qual tocou na Festa do Avante 2015 e Queima das Fitas de 2015. Em 2017, criou o projeto FOQUE e lançou o primeiro EP. Conta com presença no Caldas Late Night 2017, Indie Music Fest 2017 e Ginga Beat (Vodafone FM). Fez parte da curta-metragem “Fenomenologia da Alma” exibida no FECIBogotá – Festival Internacional de Cinema Independente de Bogotá, como músico/sonoplasta. É também músico de cena/criador do espetáculo de teatro de rua Samsara, com o qual marcou presença no ano de 2017 no Fresh Street (St.Maria da Feira), Ovar em Festa, Festiteatro (Esposende) e Festival Internacional de Setúbal. Criou e interpretou música ao vivo para o espetáculo de dança vertical “Imortella” (S.João da Madeira). Foi também co-criador da Festa de Encerramento do Festival Bons Sons 2018 (Cem Soldos).

Diz-nos sobre FOQUE:

«Tudo o que vivemos, tudo o que respiramos, tudo o que só conseguimos processar em sonhos, tudo isso é nosso, tudo isso sou eu. Como um eclipse “Pink Floydiano”, FOQUE apresenta-nos um álbum de memórias e trechos vividos que se convergem num novelo disforme de sonoridades ecléticas. “Como um sonho acordado”, FOQUE permite-nos espreitar pelo buraco da fechadura do seu pensamento e deixa-nos apreciar as profundezas do seu íntimo, como se de voyeurismo se tratasse.»

#1 Açúcar

A Açúcar é o fio deste novelo em que existe a maior exposição. Surgiu como um exercício quase “Stanislavskiano” em que memórias são remexidas de modo a poder moldar o pó que delas se solta em algo doce.

#2 Nó´s

A Nó´s foi composta há uns anos, nas primeiras produções que fiz, com um microfone e um computador, do extinto programa governamental, “e-escolas”. Caiu no esquecimento até que um dia, como que por presságio, me voltou a apareceu no meio de músicas inacabadas. Restaurei-a com novos arranjos mas mantendo a sua essência e agora sim, é justo ela ver a luz do dia.

#3 Madalena

Mais uma música que foi resgatada do baú. Esta, composta em França, no meio de uma viagem à boleia. Chama-se Madalena assim como se poderia chamar Hitch Hicking, ou Borracha, funciona apenas como um símbolo de algo maior. Trata-se puramente de uma catarse.

“mas se nunca tive voz, para quê cantar a Madalena?”

#4 Cantautor de Sarjeta

Em primeira instância o objectivo foi fazer uma cantiga/balada que fosse, na sua essência, um “tutorial” para saber lidar com o fim. Mas com o contributo do Calígula o “mood” da música mudou. Agora ouço-a como uma celebração e não como um pesar.

#5 Work Long Days

Composta pensando na relação entre a quantidade de horas de trabalho que são dedicadas e investidas, e o retorno das mesmas. É para ser ouvida em viagem, busca o movimento e a velocidade.

#6 Down

A Down, para mim, tem um ambiente muito próprio associado. Quarto, frio, chuva. É feita a partir de tudo o Inverno tem de melhor para oferecer. É uma solidão confortante. É escolha. Tendo isto tudo em mente, bastava juntar os sons que me eram sugeridos pelo ambiente que me rodeava.

#7 Monumental

Surge do momento em que o choro é cessado. Esse instante é capturado e expandido mil vezes. E aí conseguimos ver com clareza as sinapses que acontecem, não só até esse marco, mas também todo o pós. Há algo de “Monumental”, heróico até, nesse nesse momento em que as mãos cobrem as faces, deslizam para os lados como uma flor a debochar, para limpar os resquícios de lágrimas que ainda por lá se passeavam.


sobre o autor

Arte-Factos

A Arte-Factos é uma revista online fundada em Abril de 2010 por um grupo de jovens interessados em cultura. (Ver mais artigos)

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