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Os lisboetas GOODBYE, ÖLGA estão a comemorar os seus vinte anos de existência com o lançamento de um álbum duplo de título homónimo no passado dia 11 de Fevereiro.
Nesta edição de autor com o apoio da Fundação GDA, toda a composição e gravação ficaram a cargo do quarteto lisboeta, sendo a mistura, masterização e co-produção entregues ao eterno colaborador da banda, Eduardo Vinhas.
O duplo álbum GOODBYE, ÖLGA é um concentrado de emoções que circundam o mundo do indie, desferindo golpes profundos a qualquer ouvinte, munidos de um rock que se amplia ao post-punk não convencional da banda. Essa multiplicidade de estilos foi a súmula sonora dos vintes anos que solidificam a personalidade do grupo – até então apenas ÖLGA.
Dos dois lados que compõem o disco, o vermelho, de cariz mais direto e melodioso, por vezes intimista, inspira de imediato a uma luminosidade reminiscente da veia indie, e está aqui descrito faixa a faixa.
A intenção era criar uma canção “sempre a abrir” sobre motivação e opções de vida. Das músicas mais antigas deste álbum, piscando o olho ao Indie-Rock dos 90’s, para se ouvir com o volume bem alto e para gritar o refrão com muita ”pica”.
Tal como a anterior, também é uma das primeiras a entrar para a lista de escolha de temas para o álbum. Inicialmente composta em formato duo guitarra-bateria, ganhou vida, corpo e muita eletricidade com a inclusão dos restantes dois elementos. A fazer lembrar os dias frenéticos da atualidade.
É uma viagem em crescendo embrulhada em guitarras dissonantes e slides, onde a repetição da bateria e a linha de baixo nos transporta para um estado de transe. “All is coming”, esta música fala sobre ti.
Foi um dos temas cuja composição parece que aconteceu em 5 minutos, sem esforço e de forma muito natural. Quase como se a música se escrevesse a ela própria! A versão final não está muito distante do primeiro esboço e as palavras do refrão são o “rastilho” para o início de muitas relações.
Nas primeiras versões era bastante mais lenta e despida de arranjos, mas à medida que a fomos tocando nos ensaios, ganhou mais complexidade e dinâmica, transformando-se provavelmente na canção mais pop e dançável do disco. É também uma crítica aos comportamentos aditivos.
Partindo de ambiências onde vagueiam Sparklehorse ou Spain, e pedido emprestado o verso ‘Where the waves sing themselves to sleep´ (Sadakichi Hartmann), ‘Waves’, é uma canção de amor.
Do produtor Eduardo Vinhas vem a ‘cereja’ que entra ao min 3’16’’.
Um tema em sintonia com o início da banda, apontando para um formato pós-rock, onde deambulamos em paisagens oníricas acompanhadas de um sussurro ao ouvido. Curiosamente, é o tema com mais “overdubs” de guitarra, chegámos a gravar cerca de 16 pistas de guitarras para criar aquele final.
A Arte-Factos é uma revista online fundada em Abril de 2010 por um grupo de jovens interessados em cultura. (Ver mais artigos)