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Os nortenhos Big Red Panda editaram em Novembro do ano passado o seu disco “Grand Orbiter” e desde então têm vindo a apresentá-lo um pouco por todo o lado. Aqui falam-nos um pouco sobre as sete músicas que compõem o disco e guardam ainda para o fim um pequeno grande bónus, vamos lá.
O início da viagem até um destino anónimo. Foi feita como faixa de descolagem, para nos preparar para o que aparece a seguir, através da conjugação melódica dos synths do Palmas e guitarras do Pedro. Originalmente, esta faixa e a seguinte eram uma só, e foram separadas com o intuito de sublinhar a introdução ao disco.
Curiosamente a última música colectiva que foi adicionada ao Grand Orbiter. Foi criada a partir de um riff do Pedro que já existia na altura do primeiro EP, e foi trabalhada por todos a partir daí. Serve também de introdução pesada à adição do Palmas à banda, com solos e fritarias frenéticas em todo o lado, e é aqui que nos apercebemos que já estamos na viagem.
Depois de termos chegado bem alto, queremos é permanecer lá. Dançamos ou abanamos a cabeça, mas esta música faz-nos querer fazer as duas coisas, e foi por causa disso que a escolhemos como primeiro single deste disco. Foi também a primeira música a ser finalizada, nascida também de um antigo riff do Pedro, e talvez por isso, é a que tem mais relação com a sonoridade do primeiro EP.
Bem gostávamos de permanecer nas alturas, nos momentos mais eufóricos da viagem, mas isso não é a realidade, e por vezes uma pausa a meio faz-nos recuperar as noções do que é real ou não. Foi neste contexto que o Pedro criou esta pausa, para aliviar a mente. É o meio da viagem, é a paragem para abastecer, para ir a gás inteiro para o próximo destino.
Talvez o nosso riff mais cru, mais pisante. Após termos voltado à realidade, aprendemos a apreciá-la, e ficamos despidos de falsas máscaras, como podemos ver pela letra. É também o único tema cantado neste disco.
A razão pela qual este EP foi criado. Após juntar umas secções de guitarra feitas pelo Kevin e o Pedro, o Kevin aproveitou-as e construiu um instrumental colorido que todos gostámos, e convidou o Palmas para gravar uns synths para embelezar a obra. Foi a partir desse resultado que decidimos convidá-lo para a banda, e tudo se proporcionou através daí. Trouxemos a malha para a sala de ensaios, demos mais uns retoques, e voilá, nasceu o nosso instrumental mais épico e alegre. Depois de andar a sonhar demasiado e levar com a realidade na testa, há algo que cresce após sabermos que agora já sabemos, se é que me entendem, e chega também um alívio, por ter acabado a viagem, por estarmos a avistar o nosso destino, e fica também a nostalgia do que teve de acontecer para conseguirmos estar neste ponto.
É literalmente o som da nave a aterrar no novo destino. Uma peça feita pelo Kevin que nos indica que já podemos tirar os cintos e respirar, o conforto chegou de novo.
O conforto chegou de novo? Parece que não. Agora que já cá estamos, neste novo lugar, tudo é assustador porque não conhecemos. Já não adianta “conhecer a realidade” quando a realidade aqui é outra. Foi a primeira vez que gravámos um tema fora da nossa sala de ensaios, por isso a descrição até vem a calhar. Passámos pelo Hertzcontrol Studios, em Caminha, onde o Marco fez tudo possível para fazer desta malha o que ela agora é, e não poderíamos ter ficado mais contentes.
A Arte-Factos é uma revista online fundada em Abril de 2010 por um grupo de jovens interessados em cultura. (Ver mais artigos)