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Os Kumpania Algazarra estão de volta com um novo disco, que dá o mote para as celebrações dos seus 20 anos de carreira, que se assinalam em 2024.
“Histórias e Raízes” é o décimo disco do coletivo Kumpania Algazarra e é um álbum que conta diversas histórias, algumas comuns a todos nós, outras vividas pela banda ao longo da sua já preenchida carreira.
Este novo disco está também ligado às “nossas” raízes, no sentido multicultural do termo. Os temas mostram que não há barreiras para os Kumpania Algazarra, que viajam entre o tradicional e o hip hop, o fado e a música popular, o balkan e o rock, sem nunca abdicar do cunho particular que os caracteriza.
“Histórias e Raízes” conta com a participação de vários convidados, que representam uma diversidade sonora, como o rapper do Zimbabué, Synik, JP Simões, Célia Ramos, Estraca e Jaqueline Carvalhonas vozes, Tiago Morna na guitarra portuguesa,Rui Carvalho nas vozes e acordeão,Carlos Godinho na guitarra, Marcelo Almeida na gaita de foles,Nuno Salvado no acordeão,o sérvio Dejvid Bajramovic e o macedônio Isidor Zecirovic nos trompetes. Esta mescla de participações resulta num disco multicultural que assinala a maturidade de uma banda com 20 anos de história.
Este tema foi escrito em parceria com Rui Carvalho que, com uma carreira de muitos anos pela música popular, nos trouxe a inspiração para fazer uma canção divertida e de alguma maneira crítica em relação à nossa postura enquanto povo. Brincando com o facto de muitas vezes nos deixarmos enganar pelas aparências. Apresentámos este tema pela primeira vez em Vila Franca de Xira e o público, não conhecendo a músico, cantou logo o refrão connosco com grande entusiasmo.
Este tema surgiu em estúdio quando estávamos em gravações com Marcelo Almeida e a sua Gaita de foles. A forma como a composição do tema nos transportou para uma sonoridade tradicional, fez-nos sentir a necessidade de convidar um cantor que pudesse trazer uma musicalidade mais contemporânea ao tema e pensámos no Synik, rapper natural do Zimbábue. Falámos com ele e ele disponibilizou-se logo a participar o que nos deixou muito contentes. A letra fala sobre o mar e a ligação que temos com ele, sempre muito presente na nossa história, e também reflete sobre as nossas aventuras na procura de novas viagens. Apresentámos este tema pela primeira vez com a participação especial do Synik nas Festas das Azenhas do Mar, onde também esteve a Jaqueline Carvalho, e foi um momento muito especial.
Este tema é um olhar crítico sobre a realidade que nos rodeia enquanto sociedade. “Entre juras e promessas” muitas vezes não se avança e a realidade do país é cada vez mais desigual. Foi o primeiro single a ser partilhado e tem sido apresentado ao vivo desde o verão.
“Livres como Pardais” foi um tema que passou por vários momentos até chegarmos ao que gravamos no disco. Foi uma história de vida de um agricultor, foi um épico filme de ação, mas como tínhamos lançado ao Estraca o desafio de participação num tema, acabámos por escolher este tema para esta parceria. A música acabou por se direcionar para um assunto mais sério. Em modo de sátira chamamos a atenção para a necessidade de levantarmos as mãos e nos fazermos ouvir, sempre com o objetivo de livremente podermos continuar a sonhar.
Esta música já andava na orelha há algum tempo. Experimentámos várias abordagens, mas parecia que faltava sempre qualquer coisa. Convidámos o Tiago Morna para gravar a guitarra portuguesa e abriram-se horizontes para uma viagem pelo mundo do fado. Depois, para o retoque final, lançámos o convite ao J.P. Simões, que nos presenteou com a sua poesia intemporal. A letra fala da fragilidade da condição humana, em que as escolhas que fazemos nos tornam no que somos, e fala também da necessidade de corrermos atrás para alcançar os nossos objetivos.
Inspirada na classe política e incorporando a pele de um ministro se vão contando os deveres e afazeres do dia a dia da classe com o nosso toque pessoal. Com o som do banjo e a voz soul de Célia Ramos, o tema ficou com leveza e alegria para contarmos esta história.
Este tema estava guardado na gaveta e quando estávamos no Festival Guca na Sérvia, em 2022, surgiu a oportunidade de gravar o trompetista Isidor Zecirovic num estúdio improvisado. Sentimos nesse momento que era o álbum certo para o publicar, pois tem a ver com as raízes de Kumpania e a nossa história repleta de viagens. A letra fala da simplicidade e fragilidade da vida e no que realmente precisamos para viver: energia e alegria para enfrentar tudo o que nos aparece no dia a dia.
É um reflexo sobre o que temos a fazer no nosso percurso, enquanto pessoas, em que podemos optar por fechar os olhos ou enfrentar e resolver os problemas, sendo o último um grande desafio à responsabilidade individual. Conta com a participação do trompetista Dejvid Bajro Jr., e o Tubista Gil Gonçalves que foi um dos compositores da música.
Este é um tema que alerta para a perda de património florestal, que se assiste todos os verões, e à desertificação das aldeias do nosso país. Tem a voz de Jaqueline Carvalho a espalhar a mensagem, o embalo da guitarra portuguesa por Tiago Morna, os bombos tradicionais e a melodia da gaita de foles de Marcelo Almeida. Tudo num suave milkshake musical.
A Arte-Factos é uma revista online fundada em Abril de 2010 por um grupo de jovens interessados em cultura. (Ver mais artigos)