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Mr. Gallini é o projecto através do qual Bruno Monteiro (Stone Dead) dá espaço à sua borbulhante e irrequieta imaginação e Lovely Demos é o primeiro volume da coleção Mr. Gallini’s Amazing Trilogy, uma trilogia de discos a ser revelada ao longo deste ano em cd, k7 e nas plataformas digitais.
Esta primeira edição abre-nos portas para o lado mais íntimo do imaginário de Mr. Gallini, onde os universos e personagens complexos e surreais partilham espaço com a lírica irreverente e bem humorada.
Esta música fala sobre o conformismo de estar de trombas. Foi quando eu percebi que estar de mau humor não é assim tão mau, e que até me permite fazer coisas que em dias bons não funcionam, esta música por exemplo.
Existe uma lenda sobre uma vaca misteriosa que só aparece sob determinadas condições, tanto exteriores como emocionais de quem a avista.
A música descreve o avistamento da Rainbow Cow. Uma experiência única mas rápida, visto que o nosso estado emocional, mesmo que pareça nunca é constante. Foi aproveitar enquanto ela esteve por perto. Uma boa metáfora.
Ver o videoclip, iustra a história com precisão.
O FINK veio à Terra em 2009 e curtiu. Na música enumera as coisas que lhe deram mais pica. Mas ele não percebeu bem o fetiche que nós temos com guerras e conflitos, por tudo e por nada.
Eu acho que ele pensou que não tememos assim tanto a morte, e que até a achamos engraçada. Será que percebeu mal?
Das primeiras demos que gravei. Escrevi-a quando estava doente, em casa, nos Pisões.
Quando era puto já me tinha acontecido, mas naquele dia percebi que a febre às vezes traz uma espécie de alucinação. Tanto visual como da percepção do tempo. É esquisito e não muito confortável, mas não deixa de ser uma boa experiência.
Eu estava ocupado, cheio de trabalho, mas apetecia-me mesmo gravar uma malha. Gravo um take brutal à primeira, mas quando vou fazer as segundas vozes, não entendo a maior parte das palavras da principal.
Não tinha muito tempo, enervei-me com isto e acabei a insultá-la. Uma música onde as segundas vozes questionam a voz principal. Meaningless, mas cheia de significado.
Nesta música eu personifico a morte. Tenho uma breve conversa com ela, e explico-lhe na minha forma mais delicada, que às vezes ela chateia-me um bocado.
Surpreendentemente ela responde-me, com uma voz grossa, e faz me perceber que se não fosse ela, eu não estaria a escrever esta música com a mesma pica. Temos mesmo de a aceitar.
A Arte-Factos é uma revista online fundada em Abril de 2010 por um grupo de jovens interessados em cultura. (Ver mais artigos)