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O disco de estreia homónimo de Metamito foi editado no passado dia 18 de Janeiro.
“Vem despertar do Sono, e lembrar que o Sonho é a Realidade”. É com este verso que Metamito abre o seu primeiro álbum e estas palavras surgem como uma mão que se estende e convida o ouvinte a entrar numa viagem aos confins da sua mente. Este é um disco que pede para ser ouvido numa boa escuta, de olhos fechados e atentos, como quem visita um museu no seu subconsciente.
São 9 faixas onde Metamito cristaliza a sua estética e identidade, ambas muito próprias, com canções que nos remetem para viagens espirituais e psicadélicas. São cantados os mistérios da Vida e do Ser, interpretados de forma tendencialmente idealista e mística, como já nos tem habituado.
Situando-se algures entre o psych-pop e o psych-folk, a produção é extremamente densa e detalhada, criando um universo sonoro que permite a descoberta de novos pormenores mesmo após várias audições. Quanto à instrumentação, ouve-se uma mistura de elementos orgânicos e tradicionais como guitarras clássicas e portuguesas ou piano e percussões com elementos sintéticos e modernos como sintetizadores e beats eletrónicos. Há uma profunda exploração do espaço e profundidade com recurso a variados efeitos, e uma voz doce e subtil liga todos estes elementos.
Toda a composição, execução, gravação e produção são de António Miguel Serra (Metamito). A mistura ficou ao encargo de Pedro Ferreira, no HAUS, e a masterização de João Alves, no Sweet Mastering Studio.
É a canção que abre o disco existe há cerca de 6 anos. Foi a primeira música que toquei no meu primeiro concerto de sempre. Fiz perto de 5 versões de produção até chegar à versão final.
Uma música sobre ir, partir, viajar, descobrir. Sobre a necessidade de mudar, sobre as várias metamorfoses que nos acontecem ao longo da vida.
Este tema é uma homenagem às células, seres microscópicos que vivem e morren para nos constituir. Talvez sejamos, nós próprios, células de algo maior. Uma constatação das semelhanças entre o micro e o macro cosmos.
Gengibre é bom e faz bem. Serve para limpar o paladar.
Uma música que grita o fim da idade dos porquês. É um grito inocente e ingénuo. Não é duradouro, e a música seguinte acaba por ser uma resposta a esta, ou pelo menos um contraste.
Provavelmente a produção mais sofisticada do disco inteiro. Mistura vários géneros e sonoridades. No beat há influências de digicumbia e hip hop.
Normalmente tenho um acorde favorito do momento. O desta música foi o meu acorde favorito durante o ano quase todo. Descobri-o acidentalmente. Mereceu uma música só para si.
Um tema mais repetitivo, que funciona como um mantra. Uma fuga à intelectualização excessiva das coisas. Um convite para olhar para o mundo de forma ativa e plena.
O disco fecha-se com uma sample retirada de um vídeo de um dos meus primeiros banhos, onde ficou eternalizada a ternura da voz dos meus pais.
A Arte-Factos é uma revista online fundada em Abril de 2010 por um grupo de jovens interessados em cultura. (Ver mais artigos)