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Com uma entrada a pés juntos, os FUGLY mostraram primeiro “Hit a Wall“, aquela que é a primeira faixa desta viagem, com uma voz gritante, guitarras a arranhar, baixo galopante e um comboio sem controlo que sai da bateria.
No passado dia 19 de Janeiro, com o lançamento oficial do álbum em edição digital em todas as plataformas online (iTunes, Amazon Music, Spotify, Google Play, etc.), ficámos a conhecer o resto, e a banda fala-nos agora um pouco sobre este novo trabalho faixa a faixa.
O disco conta uma história de um gajo que acaba uma relação e sente-se muito desanimado e aborrecido. As letras ao longo do disco são muito directas e de leitura fácil, compreende-se perfeitamente o pensamento em questão. A música entra logo a matar e foi propositado para inserir logo o ouvinte no meio do caos. Tem uma sonoridade um pouco influenciada no primeiro álbum de Fidlar e tentámos conectar um pouco com esse ambiente ao longo das primeiras músicas. As backing vocals foram feitas pelo André Coelho (artista emergente no mundo audiovisual), que nos acompanhou e documentou todo o processo de gravação.
Acaba por complementar a ideia anterior. Aqui é já um grito de desespero, das longas noites de álcool com amigos ocasionais que no fundo não estão a ajudar com nada. Foi um processo moroso a gravação das vozes desta música, não é o registo que o Jimmy está habituado a cantar (neste caso, a berrar duma forma quase insana) mas não poderia ter sido feito doutra forma. Foi preciso muito chá de gengibre (com um cheirinho de Jack Daniels) para conseguir alcançar o efeito.
É o tema que dá o nome ao álbum. Já tinha sido composto pelo Jimmy no início de 2016 e não achámos inicialmente que tivesse um potencial muito grande. Foi daquelas músicas que demorou a entranhar mas que agora já nos identificamos mais com ela. A letra acaba por ser um resumo de quase todo o conceito do álbum.
Esta música foi escrita na altura do EP Morning After mas nunca chegámos a gravá-la, nem sabemos muito bem porquê. Mas acabou por ser tocada em todos os concertos, desde o primeiro. Na altura não gravámos e decidimos que ia ser só uma música para se tocar ao vivo, mas o público acabou por nos convencer a registar isto. A gravação foi feita meses antes de começarmos a gravar o álbum porque sabíamos que este ia ser o tema que ia abrir as hostes quando anunciássemos novo álbum. Quando voltámos a estúdio para fazer o álbum, ainda ponderámos em gravar as vozes de novo, por uma questão de estética, mas acabámos por mantê-las.
Esta é a nossa música preferida do álbum. É o clímax de todos os sentimentos que a personagem deste disco sente. É o ponto de ebulição, quando tudo sai da tua cabeça a ferver e entras no modo “self-destruct” , tomas decisões sem pensar, só para te lixares completamente. Aqui o Nuno teve uma ideia mesmo fixe para uma linha de guitarra na “bridge” da música, uma coisa melosa, no meio do caos, muito bonito.
Não há muito a dizer sobre isto. Acaba por ser uma música de transição entre o lado mais directo ao assunto, mais barulhento e simples para a complexidade e os devaneios que estão para vir. Demorámos algum tempo a gravar isto, porque perdíamos um bocado nas voltas e o André Coelho, teve que ficar connosco na sala a contar as voltas com os dedos no ar para saber onde estávamos na música.
Esta simboliza a calma antes da tempestade, o momento de reflexão. O nosso jovem personagem depois de uma noite de muitos copos acaba por ter um sonho, uma epifania que lhe faz dar a volta à forma como encara a vida. Mais uma vez destacam-se as guitarras do Nuno. Na altura tínhamos uma versão muito bruta e o Nuno acabou por fazer com que esta música se tornasse uma espécie de sonho derretido ao sol.
É o ponto de viragem. A altura em que pegamos nos nossos problemas e transformamos isso em soluções. Ganhamos motivação para afastar os problemas e damos o grito do Ipiranga para libertarmo-nos da prisão da depressão. Foi a música mais difícil de gravar, sem dúvida. O álbum foi quase todo gravado ao vivo, em live take, tirando as vozes que foram gravadas posteriormente. Demorámos um dia inteiro a gravar isto. Curiosamente tivemos um visitante surreal no nosso estúdio enquanto estávamos a gravar a música. Conhecem o desenho animado “Peppa Pig”? Phil Davies, o co-fundador e produtor dessa série televisiva esteve a assistir à gravação desse tema e curtiu a nossa música, disse que éramos parecidos com os All Them Witches que nós nem conhecemos, mas levámos como um elogio.
Esta aparece como continuação da música anterior, acaba por ser o momento que mais dita a segurança e estabilidade emocional que a personagem sente após esta viagem toda. Já tocávamos isto ao vivo nos últimos concertos antes de pararmos para gravar o álbum e também antes de entrar esta música tocávamos uma jam que mais tarde passou a ser a Inside My Head. Fizemos algumas alterações no final da música, o nosso argumento é que o final parecia uma música dos Muse.
Esta surgiu durante as semanas de gravações, assim por acaso. O Rafa foi buscar uma guitarra, e experimentamos explorar um bocado esta ideia que já tinha sido gravada previamente em casa do Jimmy. Tem uma surpresa, no final. Acaba por ser o fechar de um ciclo. O nosso primeiro EP acabou por não contar a história toda e aqui percebemos que no fundo o álbum é uma “prequela” ao Morning After. Simboliza o ciclo da vida, que muitas das vezes estamos em baixo e que é apenas uma fase que temos de saber lidar com ela. Vamos ter sempre recaídas, mas fazem parte da nossa existência.
Millennial Shit Tour 2018
9 de Fevereiro – Maus Hábitos, Porto
10 de Fevereiro – Damas, Lisboa
16 de Fevereiro – Quina das Beatas, Portalegre
17 de Fevereiro – SHE, Évora
22 de Fevereiro – Tabacaria Teatrão, Coimbra
23 de Fevereiro – Clap Your Hands and Say Fest, Leiria
24 de Fevereiro – Boreal Festival de Inverno, Vila Real
2 de Março – El Corzo, Santiago de Compostela
3 de Março – Porta Onze, Monção
9 de Março – Sé Lá Vie, Braga
10 de Março – Café Avenida, Fafe
13 de Março – Madrid (Espanha)
14 de Março – Bilbao (Espanha)
15 de Março – Toulouse (França)
16 de Março – Saint-Jean-de-Laur (França)
17 de Março – Limoges (França)
18 de Março – Antuérpia (Bélgica)
20 de Março – Eindhoven (Holanda)
23 de Março – Chemnitz (Alemanha)
24 de Março – Hannover (Alemanha)
25 de Março – Berlim (Alemanha)
29 de Março – Viacenca (Itália)
30 de Março – Bolonha (Itália)
31 de Março – Roma (Itália)
1 de Abril – Perpignan (França)
4 de Abril – Oviedo (Espanha)
5 de Abril – Lugo (Espanha)
A Arte-Factos é uma revista online fundada em Abril de 2010 por um grupo de jovens interessados em cultura. (Ver mais artigos)